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- Em resumo, destaca-se a seguir, 10 Small Caps promissoras para investir no mês de julho
- 3R Petroleum, Ânima Educação, Direcional Engenharia são as primeiras pautadas
- GPS, Grupo Soma, Iguatemi também estão em linha com as expectativas
- Entendendo cada empresa/plataforma e seu portfólio em conjunto às expectativas
3R Petroleum (RRRP3) –
A 3R surgiu como uma plataforma voltada para consolidar ativos do programa de desinvestimentos da Petrobras, garantindo participações em quatro bacias: Potiguar, Recôncavo, Espírito Santo e Campos. No Rio Grande do Norte, a empresa detém uma infraestrutura robusta, com capacidade para movimentar toda a produção de petróleo e gás do estado, incluindo uma refinaria e um terminal de exportação. A 3R foca na gestão de reservatórios e controle de custos para aumentar a eficiência operacional dos ativos adquiridos.
O portfólio diversificado da 3R oferece diversas oportunidades para projetos de upstream, como Alto do Rodrigues e Macau em Potiguar, além de Papa Terra. A empresa tem potencial para agregar valor nas operações de midstream e downstream. Como em potenciais joint ventures para processamento de gás e óleo bunker na refinaria. Vê-se positivamente a execução acelerada da 3R, especialmente em Potiguar e Papa Terra, principalmente no cenário de altos preços do petróleo. Recentemente, O Santander elevou seu preço-alvo para 2024 de R$ 34,00 para R$ 48,00 e reiteraram a recomendação de “Compra” para a 3R.
Em 1º de abril, a Enauta anunciou em um fato relevante a proposta de fusão com a 3R Petroleum. Logo depois, a 3R comunicou a suspensão dos esforços internos para analisar a fusão de seus ativos onshore com a PetroReconcavo, a fim de focar na proposta de fusão com a Enauta. A fusão proposta criaria uma empresa mais diversificada.
Esta com operações onshore e offshore, onde os acionistas da Enauta deteriam aproximadamente 47% da nova companhia. E os atuais acionistas da 3R ficariam, portanto, com os 53% restantes. Em 17 de maio, a 3R e a Enauta emitiram um comunicado conjunto, assim, informando que os conselhos de administração de ambas aprovaram a proposta de fusão.
Índice de conteúdo
Ânima Educação (ANIM3) –
A Ânima Educação é uma das maiores organizações privadas de ensino superior do Brasil, com presença em mais de 10 estados através de universidades, centros universitários e faculdades. A empresa, contudo, abriu capital em outubro de 2013 e, em 2020, anunciou a aquisição da Laureate Brasil, dobrando seu tamanho.
A Ânima representa um perfil de investimento de alto risco e alto retorno. O sucesso da tese de investimento depende da capacidade da empresa de reduzir sua alavancagem e cumprir os covenants no segundo trimestre de 2024. Após melhorias observadas em 2023, acredita-se que a Ânima cumprirá organicamente o nível de covenant de 3,0x no segundo trimestre de 2024. Nos níveis atuais, vê-se uma boa oportunidade de compra das ações. E, potencial para uma valorização sustentável. Isto,” caso a empresa consiga uma maior “desalavancagem” de seu balanço.
Os resultados do primeiro trimestre de 2024 aumentaram a confiança na Ânima. Indicando, ainda, que a empresa deve continuar expandindo sua margem e gerando caixa mais forte em 2024. No primeiro trimestre, a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado caiu para 2,98x. Assim, abaixo do nível de covenant de 3,0x exigido para o segundo trimestre de 2024.
Por outro lado, houve uma queda nos volumes do core business da Ânima (-10% em relação ao ano anterior), mas isso não é motivo de grande preocupação. Já que a margem operacional do segmento aumentou 650 pontos base no primeiro trimestre de 2024, indicando uma forte alavancagem operacional.
Direcional Engenharia (DIRR3) –
A Direcional Engenharia é uma construtora e incorporadora brasileira com mais de 40 anos de experiência no mercado de moradias populares. A empresa está presente em 13 estados e é uma referência nos empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida, atuando em todas as suas três faixas.
Atualmente, nossa preferência recai sobre construtoras focadas no segmento de baixa renda, como a Direcional, que é nossa principal escolha no setor. Essa preferência se deve a recentes mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e a outros fatores como: (i) maior diversificação geográfica e forte presença nas áreas de atuação do segmento de baixa renda; (ii) forte demanda reprimida; e (iii) consolidação da indústria devido a pressões de custo e margens estreitas.
A elevação das estimativas é resultado de uma melhor perspectiva para a Velocidade de Vendas (SoS), projetada em aproximadamente 21-22% para 2024-2025.
A Direcional apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre de 2024, superando as expectativas otimistas. O lucro líquido ajustado de R$ 120,1 milhões, um aumento de 103% em relação ao ano anterior, ficou 19,5% acima das estimativas.
Em termos de valuation, as ações da Direcional estão atualmente negociando a 5,3x P/L para 2025, apesar de um forte crescimento anual composto (CAGR) do lucro por ação (LPA) projetado em 37% para 2023-2026, um dividend yield de 8,2% para 2025 e um robusto potencial de expansão do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), que deve chegar a aproximadamente 27% em 2024, um aumento de 700 pontos base em relação ao ano anterior.
GPS (GGPS3) –
Fundada em 1962, a GPS é líder nacional no fornecimento de serviços terceirizados, atendendo mais de 2.700 clientes com uma força de trabalho de mais de 100.000 funcionários. A empresa oferece uma ampla gama de soluções, incluindo Facilities, Segurança, Logística, Engenharia de Utilidades, Serviços Industriais, Alimentação e Serviços de Infraestrutura. A GPS realizou seu IPO na B3 em 2021.
Para 2024, espera-se que as receitas da GPS cresçam cerca de 29% em relação ao ano anterior e o EBITDA aumente em torno de 23%, sustentado pela capacidade da empresa de executar suas estratégias de crescimento orgânico e inorgânico. Os principais riscos e desafios para a GPS incluem, portanto, uma possível desaceleração da economia brasileira, litígios trabalhistas e mudanças na legislação trabalhista e tributária. No entanto, acreditamos que a tendência de queda dos juros no Brasil pode criar um cenário mais favorável para a estratégia da companhia.
A GPS apresentou bons resultados no 1T24, com EBITDA recorrente crescendo 20% a/a, superando o consenso em 15%. O crescimento, dessa forma, foi impulsionado pela sólida expansão das receitas, apesar das maiores despesas de caixa e operacionais, resultando em uma margem EBITDA estável. Temos um preço-alvo de R$ 27,50 para 2024, implicando um potencial de alta de aproximadamente 56% em relação ao preço atual.
Grupo Soma (SOMA3) –
O Grupo Soma é um dos principais varejistas de moda do Brasil, com presença internacional crescente através da Farm Global. A empresa, dessa forma, opera mais de 10 marcas em mais de 1.000 lojas, além de plataformas de e-commerce e atacadistas. Focada principalmente no varejo de vestuário feminino das classes A/B, cada marca é gerida de forma independente, com estilos únicos, como a colorida Farm e a high fashion Cris Barros. A estratégia do Grupo Soma inclui diversificação e posicionamento em faixas de renda mais alta para proteção contra desafios macroeconômicos.
O Grupo Soma reportou resultados do 1T24 amplamente em linha com as estimativas do mercado, com crescimento mais suave em uma base sequencial, mas com algumas tendências subjacentes positivas, como o sólido crescimento de 45% a/a (em US$) da Farm Global e a melhoria da margem bruta da Hering, apesar dos obstáculos fiscais da Lei 14.789/23. Conforme esperado, as vendas da Soma (ex-Hering) apresentaram uma desaceleração no crescimento, enquanto a queda nas vendas da Hering veio acima do esperado.
Iguatemi (IGTI11) –
A Iguatemi detém,dessa forma, a participação e administra shopping centers localizados em todo o Brasil e expostos a uma ampla gama de segmentos de renda. A Companhia detém, por sua vez, participação em 16 shoppings em operação, prestando também serviços de planejamento, administração e comercialização, totalizando 726.242 m² de ABL total (1T24).
No 1T24, a Iguatemi registrou, contudo, resultados robustos, com destaque para: (i) crescimento de 5,5% no aluguel das mesmas lojas (SSR), superando o IGP-M em 510 bps; (ii) aumento de 10,3% nas vendas totais dos lojistas e crescimento de 10% em abril; (iii) redução significativa nos custos de ocupação para 12,5%, o menor nível em 10 anos (ex-pandemia); e (iv) melhora na taxa de ocupação para 94,1%, um aumento de 150 bps a/a. A taxa de inadimplência líquida também diminuiu para 2,2%, uma queda de 220 bps em relação ao ano anterior e 180 bps abaixo da média histórica dos primeiros trimestres de 2010-24.
Inter & Co (INBR32) –
O Inter, fundado em Belo Horizonte (MG) em 1994, é um conglomerado financeiro digital que oferece uma ampla gama de serviços bancários. Estes, como conta corrente, crédito imobiliário, cartões de crédito e seguros, sem operar agências físicas. Recentemente, elevamos nossa recomendação para “Compra” e ajustamos o preço-alvo para 2024E de R$ 32,00 para R$ 36,00.
Essa revisão reflete, contudo, expectativas de lucros mais altos em 2024, melhores perspectivas para os anos seguintes e um aumento no ROE a partir de 2027. Estima-se, contudo, um lucro líquido de R$ 823 milhões para 2024, um aumento significativo de 133% em relação ao ano anterior. Impulsionado também pelas receitas do recente follow-on.
Santos Brasil (STBP3) –
A Santos Brasil é líder no movimento de contêineres no Brasil, responsável por aproximadamente 25% do total nacional, operando três terminais principais (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde), além do TEV, um dos maiores terminais de veículos do país. Recentemente, obteve concessão, dessa forma, para operar três terminais de granéis líquidos.
É uma das principais escolhas no setor de Transportes & Infraestrutura, com um preço-alvo de R$ 17,00 para 2024. Apesar da valorização significativa em 2024, com alta de 48% no ano (contra -9% do IBOV), mantemos uma visão positiva devido à expectativa de forte expansão do EBITDA (CAGR de 31% em 2024-26E), impulsionada pelo crescimento de volume e aumento de preços. A Santos Brasil, assim, registrou fortes resultados no 1T24, com o EBITDA mais que dobrado.
Serena (SRNA3) –
A Serena é uma empresa focada exclusivamente em energias renováveis, com 88% de sua capacidade instalada em energia eólica, complementada por projetos solares e hidrelétricos. Seu plano estratégico inclui crescimento contínuo por meio de oportunidades greenfield e fusões e aquisições tanto no Brasil quanto nos EUA. Reforçando seu compromisso com práticas sustentáveis.
Após alguns anos de desempenho abaixo das expectativas, a Serena (anteriormente Omega Energia) espera um ano mais promissor em 2024 comparado a 2023. O início das operações do Goodnight 1 nos EUA, além dos projetos Assuruá 4 e Assuruá 5, são cruciais para melhorar as condições de alavancagem nos próximos anos. Além disso, a empresa está bem posicionada para aproveitar uma incidência de ventos favorável no primeiro semestre de 2024, devido ao impacto positivo do El Niño.
Em 2024, com o alívio no ciclo de investimentos e a consequente consolidação dos ativos, espera-se ver uma melhora na geração de caixa da companhia.
Smart Fit (SMFT3) –
Fundada em 2009 e com presença em todos os estados do Brasil, além de diversas cidades na América Latina, a Smart Fit é líder na operação de academias. Ainda, com o conceito de “alto valor e baixo custo” (HVLP) na região. A empresa oferece, contudo, uma variedade de formatos e modelos de negócios. Isto, através das marcas Smart Fit, Bio Ritmo, O2, Race Bootcamp, Jab House, Vydia Body & Mind, Tonus e Queima Diaria.
Com um preço-alvo de R$ 32,00 para 2024, a Smart Fit é uma das principais escolhas no setor de Varejo. Possuindo uma visão positiva, contudo, é respaldada pela aceleração da tendência de cuidados com a saúde.
Os resultados do primeiro trimestre de 2024 da Smart Fit atenderam às estimativas e ao consenso, embora o lucro líquido tenha ficado abaixo. As receitas mantiveram seu forte ritmo de crescimento, aumentando 28% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo crescimento acelerado da empresa e pelo aumento nos tickets. O EBITDA cresceu 30% ano a ano, em linha com as expectativas, refletindo alavancagem operacional positiva. A diferença em relação às nossas estimativas no lucro líquido foi principalmente atribuída a despesas financeiras que superaram as expectativas, devido a um aumento de 6% na dívida total trimestralmente.
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