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Pesquisa inédita “Atualidades – Brasil” revela também preocupações da população com a eleição presidencial, saúde, economia e desigualdade Inflação preocupa 51% da população, que se vê sem poder de compra. Quase metade dos brasileiros afirmam que há poucas opções certeiras entre os candidatos à presidência.
Em ano eleitoral no país, assuntos como segurança, educação, saúde e economia preocupam a população. Para entender a opinião e sentimento do brasileiro sobre estes temas e a retomada das atividades pós-pandemia, a Hibou – empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, traz dados inéditos da sua última pesquisa “Atualidades – Brasil” que buscou a opinião de 2140 pessoas. O painel de pesquisa foi feito recentemente entre os dias 28 e 29 de maio de 2022.
Medo da violência cada vez maior
A segurança tem despertado muito receio entre os brasileiros, especialmente com a volta da rotina presencial no trabalho, lazer, etc. Atualmente o Brasil enfrenta altos índices de latrocínios, assaltos a celulares e golpes digitais. Segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros temem a violência urbana, como os assaltos e latrocínios. 34% estão atentos aos golpes via PIX, redes sociais e WhatsApp; 29%, aos ladrões disfarçados de entregadores; e apenas 2% não consideram os fatores anteriores como de risco.
Ainda relacionado à violência, 33% têm receio ao observarem o aumento dos feminicídios e da violência doméstica; 15%, da violência policial e 13%, os homicídios.
Eleições, uma grande preocupação
De acordo com o levantamento, 48% da população afirma falta de opção de candidatos para votar para Presidente da República. Além disso, 41% têm receio de que aconteça um golpe nessas eleições e 37% estão assustados com falas racistas e machistas externadas por alguns políticos já eleitos.
Os últimos acontecimentos globais também são temidos pelos brasileiros. 38% temem que a invasão da Ucrânia e a guerra com a Rússia influencie as eleições no Brasil. E, por fim, 19% têm receio que a urna eletrônica não seja segura.
“Neste período os assuntos que tangem à população são colocados em pauta, com promessas de melhorias e avanços em campanhas eleitorais. Percebemos que os brasileiros não querem decidir pelo candidato ‘menos pior’ e quase metade dos eleitores ainda não fez a sua decisão”
observa Lígia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.
Inflação, a nova insônia do brasileiro
O brasileiro perdeu o poder de compra e tem sofrido impactos tanto da inflação quanto do desemprego. A alta da inflação, por exemplo, assusta mais da metade da população, representada por 51%. O alto índice de desemprego preocupa a 39% e o preço do combustível a 37%. Outros fatores citados foram o custo da cesta básica (27%); a desvalorização do Real (19%); o custo das frutas e verduras (9%); o valor do gás de cozinha (8%).
“As finanças pessoais estão negativamente impactadas e um aspecto leva ao outro, como a alta da inflação afeta o desemprego e, por consequência, a percepção real mesmo entre as contas e compras de consumo básicos”
afirma Lígia.
Covid-19 ainda provoca temor nas pessoas
Ainda entre os pontos de atenção, está a saúde do brasileiro e de que maneira a população está se cuidando. O coronavírus e outras doenças têm sido debatidos e ainda estão entre os tópicos que causam preocupação. Para 47% há uma preocupação na baixa do atendimento do serviço público de saúde; 44% temem o aumento de casos de Covid-19 no Brasil; 42% se preocupam com as pessoas que não tomam vacina; 37% estão atentos ao avanço da varíola pelo mundo; 8%, na volta ao uso de máscara.
Educação com estruturas abaladas
Uma das grandes angústias do país é a educação. De acordo com o estudo “Atualidades – Brasil”, para os brasileiros, a educação sofre nos seguintes pontos: 57% relatam baixa performance do Ensino Fundamental e Médio; 34% evasão educacional no ensino público; 29% qualificação dos profissionais que cuidam de crianças pequenas; 17% falta de creches para crianças pequenas; 15% custo das mensalidades em escolas particulares; 14% dificuldade de entender as novas profissões/oportunidades de trabalho; 13% falta de vagas nas escolas públicas e 3% custo dos cursos de contraturno.
“Com o olhar para o futuro, não ter uma estrutura para a educação no Brasil levanta pontos sérios de atenção. Observa-se muitos alunos saindo das escolas sem aprender ou desistindo de estudar. Essa é uma preocupação que os brasileiros têm vivido, junto aos demais aspectos sociais que estão impactando a vida da população”
explica Lígia.
Meio ambiente: desmatamento aflige população
Em relação aos recursos naturais, 47% dos brasileiros se preocupam com o desmatamento na Amazônia; 28% com as queimadas pelo Brasil. A falta de cuidado com o meio ambiente em geral é um temor coletivo: 21% se preocupam com a poluição de rios nas cidades; 8% com a poluição das praias. 33% estão temerosos com a diminuição do nível de água nos reservatórios; 30% com a falta de reciclagem do lixo urbano e 23% com o crescimento dos garimpos ilegais.
E aí? Como será o amanhã?
A retomada da economia neste período pós-pandemia não é otimista. Quase metade dos brasileiros não considera que o Brasil está retomando um caminho positivo. Para 48%, o Brasil está se recuperando de forma pior do que outros países desenvolvidos; 19% acredita que o país tem se recuperado na mesma taxa que outros países desenvolvidos; 16% afirma que está se recuperando melhor que outros países desenvolvidos. 17% alegaram não ter conhecimento ou preferiram não responder.
Além disso, metade da população observa o Brasil como um país mais apático e isolado no cenário mundial. Ou seja, 50% afirmam que o país está ocupando uma posição menos importante durante o último governo e para 24%, o Brasil ocupa uma posição mais importante durante o último governo. Por outro lado, 15% acredita que não houve mudança de posição do País durante o último governo. 11% não sabem ou preferiram não responder.
Metodologia
A pesquisa “Atualidades – Brasil” foi desenvolvida pela Hibou por painel de pesquisa com 2140 pessoas. O levantamento foi feito nos dias 28 a 29 de maio de 2022 e apresenta 2,1% de margem de erro a 95% de intervalo de confiança.
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