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A Aeris Energy (AERI3), fabricante brasileira de pás eólicas, reportou seus resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano nesta semana. De acordo com a companhia, seu lucro líquido foi de R$ 9,3 milhões no período. Dessa forma, houve uma queda forte de 83,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, em relação ao EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), a companhia reportou o valor de R$ 61,1 milhões. Portanto, houve também uma queda forte nesta linha, de 32,2% na mesma base comparativa. Grande parte dessas linhas mais encolhidas se deve à queda de 10,8% de sua receita líquida operacional do período.
De acordo com o diretor de planejamento e de relações com investidores da Aeris, Bruno Lolli, a queda na receita se explica pelo descomissionamento de linhas de produção maduras.
“Estávamos [em 2020] no fim do ciclo de vida de pás menores, eram volumes altos e margens boas, porque eram produtos que fabricamos há quase cinca anos. Agora, estamos no período de ‘ramp-up’ da produção de pás maiores.”
disse o diretor em entrevista ao Valor.
Contudo, na base trimestral a receita da Aeris avançou marginalmente (+6,3%), refletindo os repasses de custos de matérias-primas. Além disso, a companhia gerou uma receita não recorrente pelo início de um contrato de fornecimento de pás (ramp-up fee) de R$ 15 milhões. De acordo com Polli, o efeito do ramp-up fee foi compensado parcialmente pelo custo de antecipar o pagamento de dívidas.
“Pagamos todas as dívidas que tínhamos pré-IPO, que tinham condições piores que as nossas dívidas atuais. Simplificamos as estruturas e alongamos prazos. O nosso saldo de caixa atual, de R$ 900 milhões, é muito mais confortável para podermos crescer sem precisar acessar o mercado no ano que vem.”
disse ele.
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