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A Creditas começou a se movimentar para listar suas ações nos Estados Unidos. De acordo com o Valor Econômico, estima-se que a empresa de crédito chegue ao mercado com um valuation entre US$ 7 bi e US$ 10 bi.
Além disso, questionado sobre o IPO em Nova York, o fundador e CEO da empresa, Sergio Furio, disse: “nossos investidores são fundos de private equity estrangeiros, que preferem ver a empresa listada nos Estados Unidos, onde os investidores entendem e estão mais abertos a teses de investimentos como da Creditas”.
Nascida em 2012, a Creditas recebeu US$ 255 milhões em aporte em 2020, tornando-se um unicórnio após alcançar o valuation de US$ 1,75 bilhão. Entretanto, para a analista de ações da Nord Research, Danielle Lopes, o business da companhia não é rentável e se mostra muito dependente da economia.
De acordo com Danielle, o objetivo da Creditas é oferecer empréstimo pessoal por uma taxa melhor que a dos bancos. Contudo, o preço para isso é despender muito para captar novos clientes. Ademais, bancos possuem alta capitalização para negociar taxas com clientes realmente relevantes, dificultando a vida da empresa.
Portanto, a analista afirma que não há motivos para entrar no IPO da Creditas caso ele de fato aconteça. Além disso, destaca os principais problemas: (i) altos custos com seus mais de 2,5 mil colaboradores; (ii) baixa rentabilidade no segmento de crédito; e (iii) dificuldade para renegociar taxa e captar clientes.
“Apesar de parecer algo genial e inserido em uma proposta totalmente alinhada com a cultura do brasileiro (grandes tomadores de crédito), a forma como o negócio existe hoje não é saudável para o longo prazo, do ponto de vista de resultados.”
disse a Nord em artigo.
Por fim, vale destacar que a Creditas reportou prejuízo de R$ 215,8 milhões no 9M21.
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