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Como usar o conflito da Rússia x Ucrânia a seu favor? Aprenda a investir em tempos de crise

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O mundo entrou em completo estado de transe nos últimos dias. Afinal, as relações geopolíticas entre a Rússia e sua “vizinha” Ucrânia, entraram em um estado delicado. O medo de um conflito apavora a humanidade como um todo, acostumada com o horror da guerra. No entanto, atualmente, com o recuo das tropas russas, o risco de um conflito armado diminuiu drasticamente, abrindo uma interessante janela para conversar sobre um importante assunto: como as relações internacionais afetam seus investimentos?

As relações econômicas internacionais são um assunto complicado (tanto que é um curso superior), mas entender como o comportamento político do mundo se relaciona com as tendências do mercado, é uma ferramenta poderosa nas mãos dos investidores.

Na economia existe um teorema famoso e bastante discutido: a teoria dos jogos. Em síntese, essa teoria busca entender o comportamento de um jogador. Calma, pois vamos entender melhor este conceito.

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A teoria passa em entender como um jogador responde às movimentações de outro jogador. Como um jogo de xadrez, mas deixando o tabuleiro de lado, e aplicando no cotidiano do processo de tomada de decisões.

Neste sentido, fica mais fácil de entender: o truque é tentar adivinhar como um jogador vai reagir à decisão de outro.

As relações internacionais são um teorema dos jogos em escala global, e os jogadores são os países. É claro que o conceito vai além e mais fundo do que isso, mas ter esse entendimento será um diferencial para sair na frente de outros investidores.

Mas o que tudo isso tem a ver com a crise na Ucrânia?

O pote de ouro no fim do arco-iris

Considerando essa teoria, vamos entender o que vem acontecendo com a economia global, e o comportamento dos investidores nos últimos dias. Com a possível eclosão de um conflito na Ucrânia, investidores rapidamente adotaram um comportamento de aversão ao risco. Com isso, vimos um movimento interessante nas bolsas mundiais.

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As principais especulações sempre contavam com os nomes da Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. Com o risco das operações para a economia destes países, investidores rapidamente se refugiram em países emergentes. Como investidor, entender o movimento não é complicado, afinal, quem gosta de perder dinheiro? A aversão ao risco é um comportamento comum no mercado, e dita uma série de tendências. A resposta desse fluxo de investidores a novos setores criou uma nova etapa para os investimentos, principalmente em países produtores de elementos essenciais e cíclicos, como commodities.

O Brasil foi um dos beneficiários destas especulações. Um bom exemplo disso, é a alta dos principais indicadores da bolsa de valores brasileira: Ibovespa e a apreciação do real. Além claro, da queda das bolsas americanas e europeias:

Confira abaixo uma comparação dos indicadores da Ibovespa x S&P 500 na última semana:

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Ibovespa
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S&P 500

Ou seja, apesar do momento tenso e apreensivo para as economias internacionais, o sentimento de “segurança” trouxe um novo folego para o mercado brasileiro. Que sofria até então com os riscos e especulações bastante danificado pela “imagem ruim” que o ano eleitoral passa para investidores.

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A intenção deste artigo não é “glorificar” a “desgraça de um como a alegria do outro”. Afinal, conflitos armados são um verdadeiro terror para a humanidade. Mas entender como a economia se comporta em tempos de crise, é essencial para evitar prejuízos ou lucrar bastante no mercado de ações


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