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Privatização da Petrobras: único caminho após eleições?

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Voltamos a um tópico que sempre causa polêmicas: as privatizações. O termo assusta a muitos, afinal a iniciativa privada “é a grande vilã” do capitalismo, e foi responsável por algumas derrocadas ao longo dos anos. No entanto, na era da “desinformação” ter o entendimento de alguns conceitos vai te salvar de “passar vergonha” por aí. O momento para esta discussão é propicio, após declarações dos presidenciáveis em relação à privatização da maior estatal do país: a Petrobras. Será este o caminho natural após as eleições?

Por que o governo privatiza suas estatais?

Essa pergunta por si só já daria um artigo (inclusive já deu, clique aqui para conferir). Para entender, pense em um governo como uma empresa. Esta empresa precisa realizar seus serviços, mas para isso, precisa de capital.

Contudo, o governo não “recebe” diretamente pelos serviços prestados. Afinal, já viu deputados passando de porta em porta para recolher seus pagamentos? Em síntese, para poder financiar investimentos em educação, saúde, infraestrutura o governo possuí “dois modos de arrecadação”: os títulos de tesouro, e os impostos.

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Por outro lado, os gastos governamentais se expandem praticamente “infinitamente”, e um controle desta relação é o que chamamos de teto de gastos. Afinal, se o governo gastar mais do que arrecada, bem se você entende de finanças, sabe o quanto isso pode fadar uma empresa ao fracasso.

Então, para manter suas contas em dia, novamente resta duas opções: aumentar a arrecadação, ou cortar os gastos. No caso de uma nação, aumentar a arrecadação se traduz diretamente em aumentar os impostos. No Brasil, um país que já possui uma pesada carga tributária, essa medida causa mais problemas do que soluciona, então o ideal seria cortar gastos. E é aí que entra as privatizações.

Vale a pena privatizar a Petrobras?

No entanto, antes que uma decisão seja tomada, é preciso ponderar os prós e contras das privatizações. Uma companhia estatal, é a maneira que o estado tem para incentivar diretamente o desenvolvimento econômico. É o que chamamos na economia de estado empreendedor.

A intenção, é fortalecer a presença da nação em determinado setor, de forma competitiva e que gere frutos positivos. No mundo ideal, seria o aumento de emprego, de valor agregado, do PIB…

Desse modo, o ponto-chave para decidir sua estatal deve ou não ser privatizada, é ponderar se a companhia está conseguindo cumprir estes objetivos.

Pela tese operacional, a Petrobras vem fazendo de forma primorosa o seu papel. A companhia atualmente é a segunda maior do mundo em operações no oceano. Tendo destaque mundial na extração e refino do petróleo, “carregando o Brasil” para a lista de maiores exportadores do mundo dessa commoditie. Por isso, uma discussão se vale a pena abrir mão deste “patrimônio” é sempre muito bem-vinda.

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O que dizem os presidenciáveis?

Se uma discussão sobre o assunto é bem-vinda, a visão das pessoas que podem estar a frente do executivo brasileiro são ainda mais essenciais.

Já se tornou tradicional nos debates eleitorais a discussão da privatização da companhia. Afinal, desde o fim da ditadura, este assunto se tornou pauta em todas as eleições. Assim, é claro que em 2022 não seria diferente.

Os principais candidatos já teceram suas opiniões sobre o assunto. Entre eles as possíveis 3 vias principais que protagonizarão as eleições.

Jair Bolsonaro

Primeiramente, o atual presidente Bolsonaro, se mostrou contra ainda como pré-candidato, em 2018. No entanto, após “sentir na pele” a responsabilidade da estatal, principalmente pela relação da empresa com os preços dos derivados, como a gasolina, Jair afirmou que “se pudesse, ficaria livre da Petrobras”.

Lula

Já o que possivelmente será a segunda via das eleições, Lula afirmou que se eleito, trará mudanças para a estatal. No entanto, isso não se traduz diretamente em uma privatização. Uma das medidas, é impedir a “dolarização” da política de preços da companhia, algo que causou o aumento exagerado nos preços da gasolina brasileira.

“Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, têm direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”

Luiz Inácio Lula da Silva 

Sérgio Moro

No entanto, o pré-candidato Sérgio Moro tem uma opinião mais apelativa. O ex-juiz já defendeu privatizar não só a Petrobras como de “todas as estatais”. De acordo com uma reportagem veiculada pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’, Moro considera a petrolífera “uma empresa atrasada”, pois ainda vive da exploração de petróleo — segundo o candidato, a exploração deve ser abandonado em prol de fontes de energia limpa.

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A visão geral, é de que independentemente de quem sair vitorioso nas urnas, a companhia sofra alguma alteração em sua operação geral. Resta esperar para saber até onde a intervenção irá afetar a maior empresa do Brasil.


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