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A CBA (CBAV3) registrou lucro líquido recorde de R$ 615 milhões no 4T21, revertendo prejuízo de R$ 498 milhões de um ano antes, resultado de cenário favorável em relação a volume e preços de alumínio praticados, combinado com a reversão do saldo negativo de outros resultados operacionais.
A crise energética na Europa e China continuou impactando o mercado de alumínio, resultando em preços elevados de energia e cortes de capacidade nessas duas regiões, o que refletiu em relevante aumento no preço do alumínio na LME (London Metal Exchange) durante o 4T21, que chegou a atingir o mais alto valor dos últimos 13 anos, US$3.180/t em outubro de 2021, encerrando o trimestre com o preço médio de alumínio na LME de US$ 2.762/t.7
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Destaques operacionais
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 198%, totalizando R$ 501 milhões, impulsionado principalmente pela melhora no resultado do negócio alumínio, decorrente do aumento dos preços de venda praticados, com o aumento do preço do alumínio na LME e a valorização do dólar médio frente ao real, aliado a maiores volumes e melhor mix de produtos vendidos.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 21% no período, alta de 10 p.p. frente a margem registrada em 4T20.
“Esse crescimento foi puxado principalmente pelo aumento de 6% nas vendas de VAP (Value Added Products) para o setor de transportes e energia, pelo aumento de 2% nas vendas de lingote para o segmento de embalagens (latas de alumínio) e para exportação para Américas e Europa”.
O volume de vendas de alumínio atingiu 122 mil toneladas no quarto trimestre deste ano, incremento de 3% frente ao volume reportado no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida somou R$ 2,4 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 54% na comparação com igual etapa de 2020, em função do significativo aumento de 60% na receita líquida do negócio de alumínio.
Em comunicado a imprensa, Luciano Francisco Alves, destaca a volatilidade do mercado internacional na estrutura de custos da CBA:
“O Aumento da demanda sem o crescimento de oferta vem premiando o valor do alumínio. Afinal, não “sobra” alumínio no mercado, criando um ambiente de aumento de preços que vem favorecendo nossa estrutura de custos.”
Luciano Francisco Alves , em Call para a imprensa.
Diversificação de portfólio
Ademais, a CBA destaca o bom momento do alúminio no mercado domestico, o que juntamente com sua diversificação de portfólio, criou os meios necessários para o bom resultado apresentado no 4T21.
“O mercado de alumínio brasileiro não mudou durante a pandemia. Este é um mercado (juntamente com embalagem) está sempre crescendo e criando novas oportunidades. Outro ponto de destaque é o mercado de transportes, com a demanda gerada pelos veículos de grande porte como ônibus e caminhões que estão sempre aquecendo o mercado de alumínio.”
Ricardo Rodrigues Carvalho.
Redução de alavancagem
Ademais, os gestores afirmam o movimento observado no release 4T21 de redução de alavancagem, e explica a estratégia a adotada:
“Ela vem de um processo. Estamos buscando reduzir a alavancagem operacional, e buscando sempre otimizar nossos processos. Estamos gerenciando a empresa buscando manter a alavancagem entre 1 e 2 vezes Divida liquida/Ebitda e para isso, se necessário, iremos “segurar” o fluxo de caixa.”
Luciano Francisco Alves , em Call para a imprensa .
A CBA espera manter um baixo nível de alavancagem operacional, alinhando suas métricas. Inclusive para os dois próximos anos operacionais.
Os prêmios
O resultado financeiro líquido do 4T21 apresentou uma piora quando comparado ao 4T20, principalmente em função da variação cambial pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo prêmio pago pela recompra parcial dos Bonds de R$ 25 milhões.
“Nós temos contratos fixados de prêmios para o ano inteiro, assim negociamos na perspectiva de prêmios futuros atrelados no prêmio internacional.”
Ricardo Rodrigues Carvalho.
Assim, parcialmente compensado pelo aumento na receita com aplicação financeira de R$ 21 milhões em função entrada dos recursos do IPO em julho de 2021 aliado à melhora na rentabilidade com o CDI médio de 1,9% a.a. para 7,6% a.a.
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