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As Lojas Renner (LREN3) enfrentou mais uma vez a desconfiança dos investidores nesta semana após o anuncio de seus resultados operacionais referentes ao 4T21. O motivo? Uma bonificação fora dos padrões do mercado. Confira agora mais detalhes!
A Bonificação da Renner
Se a participação nos lucros é o sonho dos colaboradores, parece ser o pesadelo dos gestores e sócios das grandes companhias. Especialmente, quando desconsideram problemas operacionais. E este parece ser exatamente o caso da Renner.
A Renner pagou R$ 217 milhões aos funcionários como participação nos resultados (PPR) em 2021 – o valor é equivalente a um terço do lucro de R$ 633 milhões da empresa no ano passado, que por sua vez foi 42% inferior ao de 2020. Deste total, R$ 147 milhões foram lançados no quarto tri – quase 3x mais que o valor pago aos funcionários no 4T19.(Esse valor foi pago aos funcionários elegíveis a bônus mas não inclui a remuneração variável do senior management, que ficou em cerca de R$ 22 milhões no ano contra R$ 27 milhões em 2019.)
Além disso, o pagamento, num ano em que os resultados vieram praticamente em linha com as expectativas do mercado, deixou investidores indignados.
“Pagaram um bônus que foi o dobro de 2019, num ano em que entregaram metade do lucro. Num momento desses, pagar o maior bônus da história da empresa sendo a Renner uma corporation soa muito ruim para a governança,” disse um gestor.
Portanto, o grande problema seria a oneração dos custos da empresa em meio ao cenário inflacionário, que teria reduzido ainda mais as margens de lucro.
Desempenho operacional
A Renner reportou crescimento de 43,5% na receita líquida, que ficou em R$ 9,5 bilhões em 2021. No quarto trimestre, a receita cresceu 22% em relação ao mesmo tri de 2020 e 24% sobre o 4T19. No 4T21, o EBITDA ajustado ficou em R$ 776 milhões, com alta de 5% em relação ao 4T20 mas uma queda de 19,5% em relação ao 4T19, que havia sido o melhor trimestre em margens da história da Renner.
Ademais, a margem EBITDA recuou 3,5 pontos (na comparação com 2020) e 11,8 pontos (na comparação com 2019) fechando o trimestre em 21,8%. Excluindo a despesa com o PPR, o EBITDA teria crescido 21,4%, com margem de 25,9%
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