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Inflação medida pelo IGP-10 sobe para 2,48% em abril

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Na manhã da segunda-feira, 18 de abril, foi divulgado o Índice Geral de Preços — 10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que registrou inflação de 2,48% em abril deste ano, taxa superior ao 1,18% do mês anterior. Com o resultado, o IGP-10 acumula taxas de inflação de 7,63% no ano e de 15,65% em 12 meses.

De acordo com a FGV, em abril do ano passado o índice registrava inflação de 1,58% no mês e acumulava taxa de 31,74% em 12 meses.

Segundo Leandro Vasconcellos, CFP, sócio da BRA, diferente do que aconteceu em outros momentos de pressão inflacionária, desta vez, não há um vilão, uma vez que todos os subíndices que compõem o IGP-10 subiram muito, acumulando inacreditáveis 31,74% no período de 12 meses.

“Essa alta afeta diretamente o bolso do consumidor, já que o IGP é usado para reajustar contratos de aluguel, planos de saúde e tarifas públicas e certamente seu aumento vai pesar bastante no bolso do brasileiro”, diz o especialista.

Ele ressalta que, por outro lado, as sucessivas altas dos índices de inflação sempre acima da previsão do mercado, podem resultar em aumento da taxa básica de juros para além das previsões dos analistas e isso tende a aumentar a atratividade dos investimentos em títulos de renda fixa atrelados ao IPCA e dos fundos multimercados, que no Brasil, costumam se beneficiar bastante dessa configuração de cenário.

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“Medições recentes apontam que alguns dos melhores fundos desta categoria chegaram a acumular até 300% do CDI nos últimos 12 meses após o início do ciclo de aumento de juros. O mais importante diante de cenários inflacionários, é termos um bom planejamento financeiro, assim evitamos que os recursos sejam mal gastos ou mal investidos. Fugir das armadilhas financeiras e dos investimentos que não protegem da inflação, como a poupança por exemplo, se torna ainda mais urgente diante do quadro atual”, explica Vasconcellos.

Para João Beck, economista e sócio da BRA, os aumentos da gasolina e da energia elétrica foram os responsáveis por pressionar a inflação ao consumidor dentro do IGP-10, tendo como resultado a alta dos preços de energia no mercado internacional principalmente por conta da guerra da Ucrânia.

“As altas recentes de energia são dificilmente atenuadas com mais altas da Selic por se tratarem de choques de oferta internacional. Outros indicadores internos de atividade já sinalizam uma atenuação da inflação à frente. Sobre os preços de energia, é provável vermos uma queda à frente, podendo ocorrer diminuição da guerra e uma possível recessão pontual na economia americana por conta do ciclo mais forte de alta de juro”, explica o economista.

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O economista Rafael Marques, CEO da Philos Invest, explica que é importante lembrar que o IGP-10 é dividido em três índices: o IPA, que é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, o IPC, que é o Índice de Preços ao Consumidor e o INCC, que é o Índice Nacional de Custo da Construção.

Então, analisando o IGP-10 todo, ele aponta que o índice subiu 2,48% agora em abril, vindo do mês de março onde ele registrou 1,18% de alta.

“A alta do ano acumulada está em 7,63% e em doze meses 15,65%, e é a principal contribuição pro índice geral. Para o índice geral de preço que é o IGP, veio do IPA , que é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, que passou de 1,44% para 2,81% e a principal contribuição veio do subgrupo combustíveis para o consumo, onde passou de -0,71% para 15,92%.

Segundo o economista, olhando pro IPC, o índice variou 1,67% agora abril e a principal contribuição pra ele vieram dos itens gasolina, passando de – 1,18 para 7,62%, a tarifa de eletricidade residencial que passou de – 0,20% para 2,10% e passagem aérea que passou de -1% para 4,73%.

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Já sobre o INCC Índice Nacional de Custo da Constituição, o índice subiu 1,17% por cento em abril e a principal contribuição veio de materiais e equipamentos, que saiu de 0,27% para 1,08%.

“O interessante dessa composição foi que vieram de itens voláteis e o mais importante é que a alta veio bem disseminada. É importante olhar também que excluindo a variação da do diesel e da gasolina,a variação do índice teria ficado 1,80% contra o 0,54% em março”, finaliza Marques.


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