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A taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira voltou a subir na última reunião do COPOM, e o parecer inicial é que o ciclo de altas ainda não acabou. A “nova taxa” chega a 12,75% ao ano, em seu maior valor nos últimos cinco anos e assusta investidores que cresceram na bolsa com juros ilusórios, que foi o caso de quem migrou para o mercado de capitais na pandemia. Mas você sabe como “surfar a onda” e manter seus investimentos rentáveis neste complicado cenário?
O que explica a alta dos JUROS?
Primeiramente, precisamos falar sobre as movimentações que explicam o aumento dos juros no Brasil, e esta movimentação se inicia na economia global.
As principais especulações sempre contavam com os nomes da Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. Com o risco das operações para a economia destes países, investidores rapidamente se refugiram em países emergentes. Como investidor, entender o movimento não é complicado, afinal, quem gosta de perder dinheiro? A aversão ao risco é um comportamento comum no mercado, e dita uma série de tendências. A resposta desse fluxo de investidores a novos setores criou uma nova etapa para os investimentos, principalmente em países produtores de elementos essenciais e cíclicos, como commodities.
O Brasil foi um dos beneficiários destas especulações. Um bom exemplo disso, é a alta dos principais indicadores da bolsa de valores brasileira: Ibovespa e a apreciação do real nos primeiros três meses do ano.
No entanto, quando o risco saiu do papel, o mercado rapidamente se lembrou dos horrores da guerra, e como estas complicações afetam a cadeia produtiva da economia global.
O aumento da demanda dos investidores por investimentos cíclicos, e a quebra dos ciclos produtivos na Europa graças a sanções trouxeram um rápido aumento de preços em commodities. Ou seja, em outras palavras, forçou o aumento da inflação.
A medida de controle
Para os que já estão familiarizados com política econômica, o aumento dos juros era obvio. Afinal, o aumento da Selic é a mais básica ferramenta de controle de inflação.
Considerando que, um juro mais alto onera o consumo e os investimentos, o que retira a circulação de produtos e serviços “cortando pela raiz” os problemas inflacionários. O mercado americano corrige este movimento, com o recente aumento dos seus juros. E se a principal economia mundial puxou a fila, o Brasil não ficaria de fora.
A alta dos juros não é uma boa notícia para o mercado em geral. Afinal, conforme dito, altas taxas deixam o capital mais oneroso. As empresas seguram mais seus investimentos e, por consequência, não devem apresentar grandes disparadas operacionais. Já pelo lado dos investidores, uma taxa de juros alta traz um brilho para a renda fixa, e muitos investidores mais conservadores devem voltar para os confiáveis títulos do tesouro em breve.
Já para quem é fã da boa e velha poupança, o cenário não muda muita coisa. Afinal, o investimento “mais seguro” da economia possuiu uma trava quando a taxa básica de juros passa dos 8,5% (exatamente para evitar que os investidores lucrem demais sem risco).
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