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Analistas do Banco Original falam sobre queda das bolsas, China, reajustes da gasolina e mais

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Por Marco A. Caruso | Eduardo Vilarim

Mesmo na sexta-feira 13, os mercados arriscam uma estabilização depois do selloff dos últimos dias. As bolsas, por exemplo, caminhavam para a sua maior sequência de perdas semanais desde a crise de 2008. Considerando os desafios impostos pela trinca inflação / juros / riscos de recessão no mundo, podemos estar apenas no meio de um bear market rally,um curto período de otimismo dentro de uma tendência mais longa de declínio. 

Se a trinca resume os contratempos do cenário dos próximos 1-2 anos, os lockdowns da China representam o maior risco de curto prazo da conjuntura global. O gatilho da melhora de hoje veio da luz no fim do túnel sobre os bloqueios de Xangai. Segundo as autoridades locais, a expectativa é que a disseminação do vírus termine até o dia 20. Temos pouca vantagem comparativa para se animar ou duvidar desse prognóstico, mas nos parece razoável esperar alguma melhora nos números de casos mais dia, menos dia.

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Ao mesmo tempo, as falas de Powell e Daly ontem (membros do Fed) sugerem uma volta do +0,75% à mesa de possibilidades no ritmo de alta de juros. Não nos parece essencialmente relevante essa discussão (0,50% X 0,75%), mas o mercado tem essa tendência de se apegar a pontos focais. Uma passagem da entrevista com Powell chama atenção: em tradução livre, ele afirma que “esse comitê se adapta aos dados recebidos e às perspectivas em evolução. E é isso que vamos continuar fazendo”. O CPI dessa semana conversa com “mais juros”; a velocidade passa pelo ajuste fino do Fed. 

De qualquer forma, para hoje, essa combinação do cenário externo ajuda os ativos domésticos. Ao menos marginalmente. De fato, olhando para a nossa moeda e demais exportadores de commodities, podemos credenciar à desvalorização do yuan (moeda chinesa) boa parte da desvalorização nas últimas semanas. Notícias positivas por lá deveriam repercutir positivamente por aqui.

Do cenário doméstico, vemos poucos destaques. Para a bolsa, se a alta do minério de ferro e do petróleo jogam a favor, a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que “mudanças de pessoas” farão com que a Petrobrás volte a ter “papel social” não ajuda. Já os esclarecimentos da estatal de que não mantém conversas com o CADE sobre mudança na sua política de preços retiram um risco. 

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Hoje, a defasagem da gasolina versus equivalente internacional já está de volta a +35%. Esse é um risco de curto prazo importante para a inflação. Na nossa nova revisão para o IPCA do ano, hoje estimado em 9,0%, nós consideramos algum reajuste entre maio e junho. 

Para finalizar, quando atualizamos nossos modelos de Selic para esse novo IPCA, incluindo os 4,7% esperados para 2023, o crescimento do PIB em 1,0% este ano e de 0,5% no próximo, a média já pede uma taxa terminal acima de 14,00%. O Copom não descarta novos ajustes da Selic para além dos 12,75% atuais ou dos 13,25% esperados por nós, mas não sinaliza que esse seria o seu cenário básico. Ao mesmo tempo, seus números de IPCA para 2023 (3,4%) estão bem abaixo do consenso de mercado. Cenas dos próximos capítulos.


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