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Monitor do PIB-FGV sinaliza crescimento de 1,5% na atividade econômica no primeiro trimestre

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O Monitor do PIB-FGV sinaliza crescimento de 1,5% na atividade econômica no primeiro trimestre em comparação com o quarto trimestre de 2021 e de 1,8% em março na comparação com fevereiro. Ambos os cálculos foram realizados na série com ajuste sazonal. Na comparação interanual a economia cresceu 2,4% no 1º trimestre e 4,2% em março. 

O setor de serviços destacou-se no desempenho positivo do PIB. Por ter sido fortemente impactado pela pandemia, este setor tem tido bastante espaço para crescer e recuperar o nível de atividade que possuía antes da chegada da pandemia. Dentre as atividades que compõem o setor, apenas as de outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não haviam recuperado, no quarto trimestre de 2021, o nível de atividade pré-pandemia. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a atividade de outros serviços ultrapassou o nível pré pandêmico, como observado no Gráfico 3 do press release. Nota-se que o desempenho do PIB ainda tem sido impulsionado pela normalização do nível de atividade pré-pandemia e este efeito está se esgotando, o que liga um alerta para a sustentabilidade do crescimento.” segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa. 

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ANÁLISE DESAGREGADA DOS COMPONENTES DA DEMANDA

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes. 

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 3,4% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Conforme apresentado no Gráfico 4 do press release, o consumo de serviços é o grande responsável por esse desempenho positivo, que foi muito influenciado pelos serviços de alojamento, alimentação e domésticos que voltaram a crescer significativamente após o afrouxamento das medidas de isolamento social. Como destaque negativo, o consumo de duráveis caiu 6,7%, sendo o único componente do consumo das famílias a apresentar queda. 

Formação bruta de capital fixo (FBCF)

A FBCF cresceu 1,5% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Desde o quarto trimestre de 2021, na análise da taxa trimestral móvel, apenas o componente de máquinas e equipamentos apresenta queda, encerrando o primeiro trimestre deste ano com retração de 4,8%. Como vem ocorrendo, em meses anteriores, as quedas disseminadas entre os segmentos de automóveis, máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos são os principais responsáveis por essa retração. 

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Exportação 

A exportação de bens e serviços apresentou crescimento de 9,6% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Como pode ser observado no Gráfico 6 do press release, os principais responsáveis por esse elevado crescimento são a exportação de serviços (14,7%), bens intermediários (14,3%) e produtos agropecuários (29,5%). 

Importação

A importação de bens e serviços apresentou retração de 1,8% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do bom desempenho de serviços e da extrativa mineral, a queda na importação de produtos agropecuários e de produtos industrializados fez com que o indicador apresentasse resultado negativo. 

MONITOR DO PIB-FGV EM VALORES

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB no primeiro trimestre de 2022, em valores correntes, foi de 2 trilhões 457 bilhões e 909 milhões de Reais.

O Gráfico 8 do press release destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a laranja (em cima) mostra a média das taxas de investimento trimestrais desde o 1º trimestre de 2000 (18,0%); a cinza (em baixo), a média das taxas de investimento trimestrais desde o 1º trimestre de 2015 (16,4%). Observa-se que a taxa de investimento no primeiro trimestre de 2022 foi de 18,4%, na série a valores correntes. Este resultado apresenta uma taxa de investimento acima da taxa de investimento média trimestral considerando o período desde 2000 e acima da taxa de investimento média considerando o período desde o 1º trimestre de 2015.

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