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“Todas as empresas precisam de gente que erra, que não tem medo de errar e que aprendem com o erro”, Bill Gates. Seria fácil se as organizações soubessem lidar com o erro, mas a verdade é que todo ser humano tem medo de errar e as organizações não sabem lidar bem com isso: e se eu falhar?
No geral, todos nós temos medo de errar. Existem pessoas que simplesmente não se arriscam, essas nunca vão acertar. Aquelas que, embora também tenham medo de errar, mas se arriscam mesmo assim, têm chances de acertar. E aqui não se trata de uma fala bonita, é um retrato da realidade. Tentar gera, no mínimo, um aprendizado.
A verdade é que, além do sentimento de medo, ninguém gosta de errar. Quando nos propomos a fazer alguma coisa, queremos que dê certo. E muitas vezes, por ser um processo novo, não conseguimos acertar logo na primeira vez e falhamos. Porém, o mais importante é ser capaz de assumir o erro, aprender com ele e procurar não deixar que aconteça de novo. Eu posso cometer vários erros, faz parte do processo de aprendizagem, o importante é que sejam erros diferentes, nunca os mesmos.
Parece estranho, mas é preciso coragem para errar. Por vezes, ficamos inseguros e paralisados diante de um erro, acreditando que o caminho mais seguro seja parar de tentar, assim teremos menos frustrações. Mas para conseguir fazer algo realmente efetivo, não podemos nos manter na zona de conforto. Ao final, o erro vai levar ao acerto e assim o sucesso começa a aparecer, especialmente no ambiente de trabalho.
Claro que nenhum gestor contrata um colaborador querendo que ele cometa erros, mas a empresa deve ser um local de aprendizado constante, onde as pessoas possam ter o direito de errar e consertar. Não dá para demitir alguém no primeiro erro. É fundamental que exista um espaço seguro para que o time se sinta confortável em admitir as falhas e que o líder contribua para suportar o time na resolução de cada situação.
A gestão por OKR – Objectives and Keys Results – Objetivos e Resultados Chaves -, incorpora isso em sua essência, pois privilegia os ciclos mais curtos de planejamento e metas ambiciosas são definidas. Como não errar com metas ousadas? Mas garanto que assim você terá se esforçado mais e, de maneira geral, conseguirá mais resultados, ainda que não acerte 100% da meta. Você irá mais longe mais rápido! E os ciclos curtos lhe ajudarão a corrigir o rumo dos negócios caso alguma interferência ou impossibilidade tenha impacto negativo nos resultados desejados. Nos tempos de hoje, se você só fizer ciclos anuais de planejamento e levar um ano para corrigir os erros será o fim do mundo para sua organização. Aliás, arrisco dizer que sua empresa nem chegará ao final do ano.
Outro ponto característico da gestão por OKR é quanto ao envolvimento de todo o time. Todos precisam conhecer o processo, terem clareza em suas tarefas e do objetivo delas para a companhia. O que traz de imediato duas boas respostas. A primeira é que o próprio time consegue identificar o problema, caso ele surja, haja vista que todos conhecem o processo. O outro ganho é que cada novo integrante pode ser mais rapidamente envolvido nas tarefas, já que para ele também ficará claro o que precisa ser feito e qual o objetivo de sua missão na companhia. O erro faz parte do processo, o importante é usar ferramentas que permitam a rápida identificação e a correção de cada falha.
Por Pedro Signorelli tem 20 anos de experiência no mercado corporativo, tornou-se especialista na implementação do método OKR. Em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão. Até o momento, já desenvolveu mais de 60 projetos para empresas do Brasil e do exterior.
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