Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Ipea prevê crescimento de 1,8% para o PIB em 2022

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Para 2023, a estimativa é de variação positiva de 1,3%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira (30/6), a Visão Geral da Conjuntura, análise trimestral da economia brasileira, com previsão de crescimento de 1,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O destaque vai para o setor de serviços, com estimativa de previsão de alta de 2,8%, enquanto os setores de agropecuária e industrial devem mostrar relativa estabilidade. Do lado da demanda, a projeção de crescimento do consumo das famílias ficou em 1,6% para este ano.

Depois da alta de 1% do PIB registrada no primeiro trimestre de 2022, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril. As previsões do Ipea mostram que, em maio, o nível de atividade deve avançar na comparação com o mês anterior e com ajuste sazonal: 1,2% na indústria, 0,6% no comércio e 0,3% nos serviços. A evolução dos indicadores de atividade está em linha com o desempenho do mercado de trabalho, cujos dados recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses, combinando forte expansão da população ocupada e redução significativa da taxa de desocupação, mesmo com o aumento da taxa de participação.

Leia mais  Ibovespa a 110 mil pontos: Itaú BBA revê projeção

Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre de 2022, com projeção de crescimento de 0,6% no período, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior, e de 2,3% sobre o mesmo trimestre do ano passado.

Para o segundo semestre deste ano, há expectativa de desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Os aspectos externos apontam para menor crescimento e maior incerteza, dada a elevação das taxas observadas e esperadas de inflação na maioria dos países, e a persistência da guerra entre Rússia e Ucrânia — que deve prolongar os atuais problemas nas cadeias produtivas. Do ponto de vista dos fatores internos, a persistência de taxas de inflação elevadas, além de inibir o consumo por meio da redução da renda real das famílias, tem levado ao aperto da política monetária no país, cujos efeitos atingem o mercado de crédito e tendem a se intensificar nos próximos meses.

Para 2023, a projeção de crescimento do PIB é de 1,3%. Em termos de atividade econômica, o próximo ano deve ser tímido, no início, mas caracterizado por aceleração ao longo do ano. O cenário tem como base duas hipóteses. Primeiro, com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária do exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade. Além disso, no início do ano que vem, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário interno sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

Leia mais  Os dias melhores chegaram? PIB do Brasil sobe 1,2% no segundo trimestre do ano

Há expectativa de crescimento para todos os setores da economia no próximo ano: agropecuária (2,5%), indústria (1%) e serviços (1,4%). Do lado da demanda, os destaques são o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com altas de 1% e 3%, respectivamente.

Em relação à inflação, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022 é de 6,6%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve ficar em 6,3%. A alta maior dos preços livres é compensada pela desaceleração dos preços administrados, por conta da Lei Complementar 194/2022. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

Acesse a Visão Geral da Carta de Conjuntura

Acesse o Indicador de Atividade Mensal


Leia mais  Ativa Investimentos revisa cenário após Focus: Inflação chega em 13,25% e PIB cai para zero em 2022
Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Alta da inflação acelera em outubro afeta fortemente as famílias de renda baixa

Paola Rocha Schwartz

Ibovespa cai com incertezas fiscais e impactos da China

Rodrigo Mahbub Santana

Rombo nos cofres públicos chega a R$105,2 bi em nove meses, diz Tesouro

Rodrigo Mahbub Santana

Próximo presidente dos EUA herdará déficit fiscal alarmante

Rodrigo Mahbub Santana

Risco fiscal faz taxas do Tesouro dispararem

Rodrigo Mahbub Santana

Investimento em infraestrutura no Brasil está no pior patamar desde 2013

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário