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Nos EUA, o tema da inflação segue tendo destaque nas mesas de debate. Afinal, o Federal reserve adotou um discurso bastante conservador enquanto as taxas de inflação dispararam em Wall Street, e o tom da conversa se alterou para uma política de juros crescentes há pouco tempo.
Para a BlackRock, a maior gestora de investimentos do mundo, a cautela ainda é a palavra da vez.
A empresa, que tem US$ 10 trilhões sob administração, considera prematuro decretar que a alta inflacionária tenha ficado para trás. Além disso, espera uma deterioração no lucro das empresas.
“Ainda estamos cautelosos com o investimento em ações porque gostaríamos de ver uma confirmação da queda na inflação,” […] “Mas cautela não significa falta de ação. Estamos olhando para setores mais protegidos contra a inflação, porque são capazes de proteger suas margens de lucro. É o caso, por exemplo, das commodities.”
Diz o estrategista-chefe de investimentos na América Latina da BlackRock, Axel Christensen.
Com relação ao Brasil, Christensen elogia a ação do Banco Central, mas ressalta que a trajetória de esperada queda dos juros dependerá da política fiscal do próximo governo.
“Dependendo do que acontecer no lado dos gastos públicos, o BC poderá ou não cortar os juros mais rapidamente no próximo ano.”
Christen, que é chileno, comentou também as propostas de aumento de impostos para financiar a expansão de gastos sociais por governos de esquerda recém-eleitos na região. “É preciso ter cuidado. Não é um almoço grátis,” disse. “Essas reformas geralmente acabam gerando muito menos dinheiro do que o planejado, devido ao impacto sobre o crescimento.”
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