Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

A bolha imobiliária na China vai estourar?

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

A economia aprendeu da pior maneira que uma crise no mercado imobiliário pode ser um dos piores males para a economia em geral e para o mundo dos investimentos.

Em 2008, a crise do subprime, chamada por muitos de “bolha imobiliária americana”, teve seu início a partir da forte queda do índice Dow Jones em julho de 2007, motivada pela hipótese do colapso hipotecário, que arrastou várias instituições financeiras americanas para a situação de insolvência.

Nessa época os chamados empréstimos hipotecários podres, ou “subprime mortage” (que nomeia a crise), eram concedidos de forma irresponsável, culminando em uma crise de crédito através da transferência desenfreada de CDSs (Credit Defaut Swaps) e CDOs (Collateralized Debt Obligation) para terceiros, repassando assim os riscos para outras contrapartes.

Leia mais  Economia Brasileira pode ter superado a Chinesa pela primeira vez desde 1980

As consequências ainda assombram investidores e profissionais de Wall Street. No entanto, este risco parece estar voltando, desta vez com uma nova economia como casa: a China.

As tentativas do governo chinês de impulsionar a economia e de tentar “murchar a bolha imobiliária sem estourá-la” podem representar um risco enorme para a execução do plano de recuperação econômico do gigante asiático, na avaliação da SPX.

Segundo a renomada gestora, que tem Rogério Xavier como um dos sócios-fundadores, esse é um fator para monitorar de perto neste ano. Em carta mensal, a casa defendeu que as medidas anunciadas pelo governo chinês são “tímidas”, diante da dimensão do problema.

“Algumas estimativas de necessidade de financiamento do setor [imobiliário] estão ao redor de 15% do PIB [Produto Interno Bruto]”, observam os analistas. […] “Nesse sentido, salvar o setor nos moldes do que foi feito em 2015, exigiria um programa três vezes maior do que o realizado na época”.

A casa também chama atenção para o fato de que o setor imobiliário no país é gigante, porém bastante fragmentado, com mais de 100 mil incorporadores, sendo que as maiores empresas detêm individualmente apenas cerca de 3% do mercado, caso da Evergrande e da Country Garden.

Leia mais  EUA e China: juntas em negociações para crescimento econômico

Na avaliação da SPX, o vetor de crescimento que resta para a China agora está no programa de infraestrutura adotado pelo país, que é financiado pelo governo. O problema, diz a carta, é que tal modelo engloba desafios, uma vez que uma parte importante das receitas da União depende da venda de terrenos e também é afetada pela dinâmica do setor imobiliário.

Nesse sentido, a SPX alerta que é preciso monitorar a situação na China, já que uma deterioração relevante no gigante asiático pode ter impacto sobre os preços das commodities e colocar em risco a bonança de países emergentes.

Sem contar os efeitos que podem ser gerados em termos de crescimento global e especialmente em torno do continente europeu, o que poderia culminar em “ondas de crise de confiança ao redor do mundo”.


Leia mais  Moody’s eleva previsão de crescimento da China em 2024
Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

China reconhece bitcoin como mercadoria

Fernando Américo

WEG anuncia investimento de US$ 62 mi para ampliar fábrica na China

Paola Rocha Schwartz

BRF anuncia aquisição de fábrica na China

Rodrigo Mahbub Santana

Ibovespa sobe com queda dos juros futuros; bolsas de NY fecham mistas

Rodrigo Mahbub Santana

Colunista do Wall Street Journal chama Lula de “Dinossauro da Guerra Fria”

Rodrigo Mahbub Santana

Ibovespa cai com incertezas fiscais e impactos da China

Rodrigo Mahbub Santana

Deixe seu comentário