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Chegamos a um dia bastante esperado no mercado de capitais: a Super-Quarta. O dia será mercado por movimentações especiais pelos novos anúncios dos comitês de política econômica, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos.
O mercado sempre espera ansioso para entender o que os Bancos Centrais irão adotar como a nova política de juros, e claro, o que eles estão pensando ao promover estas alterações.
O dia chegou, mas o que devemos esperar?
A semana foi de volatilidade, com os mercados a espreita pela decisão do FED e do BC. Para amenizar as incertezas, quanto aos próximos passos, analistas reforçam que, tanto o Fomc e quanto o Copom, precisam mostrar que estão vigilantes e dizer isso sem temor, nas comunicações que irão acompanhar as suas decisões.
Nos EUA, o ciclo de alta de juros parece bem mais inicial do que aqui no Brasil. Por aqui, o Copom vem mantendo uma política restritiva, com 12 altas seguidas nos juros nas respectivas 12 últimas reuniões. O resultado começou a aparecer nos principais índices de inflação, o que reforça que mais altas não devem ser o remédio adotado por aqui. O Banco Central brasileiro deve optar por interromper seu ciclo de altas iniciado em março de 2021, que levou a taxa Selic de 2% ao ano para os atuais 13,75%.
Ja na terra do Tio Sam, ainda existe muita margem para conter a inflação. Com uma política tardia, o mercado indica que os juros americanos ainda possuem lenha para queimar. há uma predominância nas projeções de que os integrantes do Federal Reserve (Fed) vão manter o ritmo de alta de 75 pontos base já adotado em julho.
Mas quem ainda enxerga riscos inflacionários persistentes não descarta que o Fomc eleve a taxa em 1% e o Copom ainda promova uma alta de 0,25% antes de pisar no freio.
Mais que os anúncios sobre o aperto monetário, o mercado estará antenado na comunicação dos bancos centrais. E, como acontece a cada 45 dias, vai ouvir o que eles têm a dizer e especialmente o que deixar de ser dito.
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