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Existem diversos desafios que a economia brasileira precisa superar atualmente, e o principal deles é a desigualdade da distribuição de renda. Mas também há os pontos de cargas tributárias, a realização de uma reforma tributária bem debatida, inflação, alta dos combustíveis e o respeito ao teto de gastos.
Em ano eleitoral, esse cenário deu uma amenizada. A inflação vem sendo controlada, com a redução de impostos, por exemplo. O ICMS menor ajudou nos últimos meses com a redução dos valores de energia elétrica e de combustíveis. Alguns itens da cesta básica ainda pesam para o consumidor, o que também é um desafio, já que afeta milhões de brasileiros.
O problema é que o clima de campanha deve mudar no ano que vem e, assim, esses pontos serão grandes desafios para 2023, até porque muitas das medidas adotadas em 2022 não estão garantidas, como a redução de impostos vigentes. Além disso, as políticas públicas são incertas, já que os planos de governo dos principais candidatos são bem diferentes.
Podemos ter um cenário de mais programas sociais e incentivos, como podemos continuar em um Brasil em que a privatização seja o caminho, assim como a redução de impostos. A população está dividida e só após as eleições essas expectativas serão traçadas e definidas de maneira mais clara.
Em um contexto incerto, é preciso ter alguns cuidados para resistir à crise, e existem três lados desse cenário: o do empreendedor, o do cidadão e o do governo.
O lado do empreendedor é sempre buscar inovação, já que isso impacta diretamente a gestão de negócios, podendo gerar aumento de receita e de produtividade, reduzir custos, criar uma diferenciação no mercado e promover uma melhor experiência para o cliente.
Já para o cidadão, é preciso buscar novas fontes de receita para garantir uma futura demanda existente e, assim, construir uma qualidade de vida na aposentadoria. Existem itens que chamam a atenção no ano de 2022. A oferta de crédito pelos bancos diminuiu, houve aumento da antecipação dos recebíveis, e o cidadão, de uma forma geral, após a reforma da previdência, está buscando previdências privadas. No último ano, a procura por elas aumentou em 11,02% segundo a FenaPrevi.
Do lado governamental a saída é buscar melhorar a eficiência da gestão, combatendo a corrupção, que é muito presente no país. Além disso, definir e cumprir as metas dos programas de governo apresentados é essencial.
Essas são algumas estratégias que podem ajudar a contornar a situação atual, observando o cenário interno do Brasil. Porém, devemos ter em mente que os parâmetros externos também influenciam nossa vivência, como a inesperada Guerra na Ucrânia. Ela afetou, por exemplo, a compra de fertilizantes, atingindo toda uma cadeia econômica. Esses pontos podem influenciar diretamente a economia brasileira. Porém, estando atento a essas dicas, é possível driblar a situação atual e atingir uma melhoria.
O mundo está mudando cada vez mais rápido, por isso é necessário que empreendedores se ressignifiquem, analisando de maneira constante o cenário em que estão inseridos. Assim, a partir do estudo da conjuntura, são definidas estratégias economicamente viáveis.
Claro que existem algumas práticas processuais que são importantes para as empresas, como: melhoria da produtividade do time, diversificação de formas de atendimento (com a pandemia, a procura por diversos tipos de atendimento em domicílio cresceu, por exemplo), investimento em plataformas digitais, para compra, venda e/ou atendimento.
O ponto favorável aqui é que o Brasil é um país resiliente. É importante destacar que alguns setores sobreviveram ou até mesmo foram impulsionados pelo cenário dos últimos anos. Mesmo em meio às crises, é importante seguir atento às oportunidades e sempre valorizar o potencial e a vocação empreendedora do brasileiro.
Por Diogo Catão, CEO da Dome Ventures.
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