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O Boletim Focus divulgou nesta segunda-feira (24) os dados das instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC. De acordo com o seu relatório, o mercado manteve baixa na expectativa de inflação para 2022.
Há uma semana, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) estava em 5,62% para este ano. Agora, o mercado prevê o índice de 5,60%, décima sétima semana consecutiva de queda. Além disso, a expectativa do IPCA para 2023 também obteve queda, passando de 4,97% para 4,94%.
Por outro lado, a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) mantém expectativa de alta para 2022, passando de 2,71% para 2,73% nesta semana. Para 2023, a expectativa é de alta de 0,63%. Esta é a segunda semana seguida de elevação do índice.
Guedes pode propor salário e aposentadoria sem correção pela inflação
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Paulo Guedes, ministro da Economia, analisa a possibilidade de desvincular o salário mínimo da inflação passada a partir do próximo ano.
O Governo Federal deixaria de considerar os dados da inflação do ano anterior para definir o valor do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. Atualmente, a correção dos dois saldos se dá pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que garante que, no mínimo, as pessoas possam receber uma recomposição salarial que impeça a perda do poder de compra.
A intenção é reformular o teto de gastos e “quebrar o piso”, ou seja, frear o crescimento de despesas que hoje pressionam o Orçamento — entre elas os benefícios previdenciários ou atrelados ao salário mínimo.
Mesmo que ainda não seja possível prever, é possível afirmar que o Governo Federal abriria a possibilidade de aplicar uma correção abaixo da inflação. Consequentemente, as pessoas poderiam ter aumentos que não contemplariam nem mesmo o poder de compra.
A proposta de Guedes também deve afetar outros benefícios previdenciários, como o seguro-desemprego, que está atrelado ao valor do salário mínimo e, portanto, também teria correção abaixo da inflação do ano anterior.
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