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Lula anuncia Aloizio Mercadante como futuro presidente do BNDES

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O presidente eleito Lula (PT), acabou de anunciar na tarde de hoje (13) que o ex-ministro da Educação e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, será o próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O anúncio foi feito pelo petista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, durante evento que marcou o fim dos trabalhos da equipe de transição governamental.

“Eu, Aloizio Mercadante, vi algumas críticas sobre você, sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para vocês que não é mais boato, Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”

Afirmou Lula.

Atual coordenador de grupos técnicos da transição, o economista formado na USP liderou três ministérios durante os mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff (2011 a 2016): Ciência, Tecnologia e Inovação, Educação e Casa Civil.

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O governo Dilma foi marcado por atitudes consideradas irresponsáveis do ponto de vista fiscal.

As sucessivas interferências nas estatais, o controle artificial dos preços da gasolina e energia elétrica, e a chamada “contabilidade criativa” nas contas do governo resultaram na alta da inflação e em recessão.

Além disso, o ex-ministro também tem mestrado e doutorado em Economia pela Unicamp, considerada de viés mais “heterodoxo” – pensamento econômico antagônico ao tradicional, geralmente associado à política de maiores investimentos públicos para fomentar o crescimento econômico.

Na visão de Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, a possível escolha de Mercadante significa também que Lula está descartando o suporte de economistas liberais.

A indicação de Mercadante ao BNDES, assusta o mercado financeiro pela perspectiva de um retorno às práticas do governo Dilma.

Na época, a instituição foi muito utilizada para direcionar crédito com juros abaixo do mercado, por meio do forte endividamento do governo.

A consequência dessa política é o aumento dos gastos públicos e do risco fiscal, fora a interferência na política monetária. Assim, a medida provocava distorções no mercado de crédito – enquanto o Banco Central tentava controlar a inflação subindo os juros, o BNDES continuava fornecendo crédito com juro baixo, estimulando o consumo na ponta final.

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Durante o governo de Michel Temer (MDB), o programa foi reduzido. Logo, o BNDES pagou a dívida com o governo e os juros dos empréstimos passaram a andar em linha com o mercado.

“Isso fez com que as grandes empresas fossem buscar financiamento também via mercado, melhorando o mercado de crédito no Brasil com esse novo desenho”, afirma Mário Lima, analista sênior de política e macroeconomia da Medley Advisors.


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