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O mercado de capitais pode se tornar um ambiente extremamente nocivo aos investidores. E isso, como tudo na vida, depende a índole e ética dos participantes no mercado. Seja em alguns reais, ou dezenas de milhões, sempre que dinheiro está envolvido a situação toma novas proporções e pode até mesmo se tornar “caso de polícia”.
A recente crise na Americanas está sobre o olhar constante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ela é uma entidade pública e autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda.
A CVM surgiu com o objetivo de fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Assim, com a divulgação ao mercado do rombo de R$ 20 bilhões da AMER3, a comissão já se movimenta para investigar se algo fora das normas passou pelo olhar criterioso da Autarquia.
Desse modo, a CVM já abriu sete procedimentos para analisar caso Americanas, incluindo a conduta dos acionistas de referência.
O regulador, que constituiu uma força tarefa de áreas técnicas, tem sete procedimentos abertos para analisar o assunto, inclusive a conduta dos acionistas de referência (Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles).
Em um dos procedimentos, a CVM analisa a conduta da companhia, acionistas de referência e administradores da Americanas à luz da divulgação de informações e o cumprimento das resoluções 44 e 80, além da lei das Sociedades por Ações (lei 6.404). Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (19), a CVM diz que se refere à divulgação do pedido de tutela cautelar antecedente e das informações contidas no referido pedido em comparação às informações divulgadas, até então, a respeito das inconsistências contábeis.
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