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Mais uma oferta pública inicial de ações pode vir, dessa vez, da NOS Group, uma empresa israelense de ferramentas de invasão de sistemas. De acordo com a mídia de Israel, o IPO ocorreria na TASE (Tel Aviv Stock Exchange), a bolsa de valores de Israel.
A empresa é uma das fornecedoras de ferramentas de vigilância eletrônica mais conhecidas do mundo. Suas ferramentas, de acordo com a própria NOS Group, estão disponíveis apenas para governos e agências de segurança pública.
Além disso, a empresa é bastante relevante no universo de segurança cibernética devido ao seu software “Pegasus”.
Por meio desse software, o usuário pode capturar dados de qualquer telefone, isso inclui texto de mensagens criptografadas e até mesmo pode fazer com que o aparelho grave áudios sem que seu dono saiba.
Entretanto, justamente por isso, a NOS recebe críticas de ativistas de privacidade online. De acordo com eles, a empresa cria programas que facilitam o trabalho de hackers de atacar grupos de human rights e jornalistas ao redor do mundo.
Todavia, a empresa afirma vender sua tecnologia apenas para agências governamentais e policiais “para ajuda-los a combater o terrorismo e crimes graves”.
O IPO da NOS Group
De acordo com o jornal financeiro Globes, o presidente da NOS, Asher Levy, e o vice-presidente financeiro, Doron Arazi, se reuniram com Itai Bem-Zeev, presidente executivo da TASE. Porém, a empresa não comentou sobre e um porta-voz da bolsa de Israel informou que a instituição não discute suas reuniões.
Vale lembrar que o fundo de private equity Novalpina Capital, com sede em Londres, é quem controla a empresa.
Citando fontes do mercado, o jornal estimou que a NOS Group possui um valuation de US$ 2 bilhões para o IPO. Os recursos provenientes da operação provavelmente iriam para desenvolver novas atividades, como a interceptação de drones.
Por fim, o jornal Haaretz, informou que há outro caminho a se seguir para o IPO: por meio de uma SPAC. Ou seja, uma “empresa de aquisição de propósito específico”. Uma SPAC é uma empresa já pública, que, por meio de uma fusão, evitaria trâmites burocráticos comum a um IPO tradicional.
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