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O economista Márcio Furtado, que atuou como superintendente no Ministério da Economia durante o governo Bolsonaro, afirmou em entrevista exclusiva à revista Oeste que as políticas econômicas adotadas pela equipe do governo Lula ainda não começaram a ser visíveis para a população e que o desemprego será profundamente sentido nos próximos anos.
Furtado destacou que é preciso observar o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para mensurar o impacto do desemprego em 2023. Segundo o Caged, janeiro teve 1.874.226 contratações e 1.790.929 desligamentos. Já os pedidos de seguro-desemprego passaram de 533.028 em dezembro para 614.085 no mesmo mês.
O economista ainda acredita que não haverá crescimento econômico. De acordo com Furtado, o Brasil ficará “entre 0% e 0,75%”. Ele prevê que, para 2024, “o PIB será negativo”. Para Furtado, “não há um caminho” para desestatização das empresas prometidas pelo presidente Lula durante o pleito de 2022.
Em relação à escolha do novo ministro da Fazenda, Furtado afirmou que o PT precisava de um nome moderado para acalmar os mercados e que não acredita que o escolhido terá voz própria no cargo.
Sobre a ideia difundida pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, de usar os Correios para substituir o Uber, Furtado a classificou como “infeliz” e disse que acredita que foi uma fala para causar espanto no mercado.
Quando questionado sobre possíveis ameaças aos contratos de concessão concretizados pelo governo Bolsonaro, Furtado afirmou que não há um caminho para reestatização e que não acredita em qualquer tipo de intervenção de qualquer poder para romper os contratos firmados.
Em suma, o economista Márcio Furtado prevê um cenário de aumento do desemprego e ausência de crescimento econômico nos próximos anos.
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