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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reprovou nesta quarta-feira (10) a compra de ativos do Grupo Smiles pela Hapvida. A decisão foi tomada devido à falta de acordo entre as partes para solucionar as preocupações da autarquia de defesa da concorrência. A Hapvida, que tem sede em Fortaleza (CE), buscava adquirir todos os contratos ativos da Smiles Saúde e seus serviços hospitalares para expandir sua atuação no Nordeste, especialmente nos estados da Paraíba e Alagoas. No entanto, o Cade entendeu que, se a operação fosse concluída, haveria um monopólio dos operadores de planos de saúde na região, uma vez que Hapvida, Smiles e Unimed já detêm cerca de 90% do mercado.
Seis dos sete conselheiros do Cade votaram pela reprovação da operação, acompanhando o voto do relator Luis Henrique Braido. A decisão representa uma derrota para a Hapvida, que havia anunciado em outubro do ano passado um acordo de R$ 4,75 bilhões para a aquisição da Smiles Saúde. O objetivo da empresa era aumentar sua participação no mercado de planos de saúde na região Nordeste e ampliar a rede de hospitais próprios.
No entanto, o Cade entendeu que a operação poderia gerar efeitos anticompetitivos, uma vez que a Hapvida teria grande poder de mercado na região, prejudicando a livre concorrência e aumentando os preços dos serviços de saúde para os consumidores. Com a reprovação, a Hapvida terá que buscar outras alternativas para expandir seus negócios na região Nordeste.
A decisão do Cade demonstra a importância da análise criteriosa das operações de fusões e aquisições no setor de saúde, que podem gerar impactos significativos no mercado e na concorrência. A decisão também sinaliza para uma maior atenção das empresas em relação aos impactos concorrenciais de suas operações, buscando soluções para mitigar os riscos de concentração de mercado.
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