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A Petrobrás anunciou o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI), política de preços que ajustava o preço interno do petróleo ao mercado internacional, considerando, também, a taxa de câmbio. De acordo com o Professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, “o anúncio de uma nova política de preços já era esperado, até pelo fato de o PPI ter produzido muita volatilidade, com vários aumentos ou reduções em um único ano”.
O economista considerou, entretanto, o anúncio da mudança incompleto, já que “embora o PPI tenha sido eliminado, a nota divulgada pela empresa não deixa claro qual será a regra que irá balizar os preços a partir de agora, o que dá margem para medidas discricionárias em relação aos preços dos combustíveis para conter artificialmente a inflação”.
De acordo com Vartanian, “conter reajustes de preços de combustíveis apenas transfere os custos do presente para o futuro, como o que ocorreu em 2011-2013: a inflação foi temporariamente contida, mas os reajustes se tornaram inevitáveis e a inflação acelerou em 2014 e 2015, além do impacto do represamento sobre o caixa da Petrobrás, que absorveu o “prejuízo” entre os preços externos e os preços internos.”
Por Pedro Raffy Vartanian, professor Doutor do Mestrado Profissional em Economia e Mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie
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