CVM adia julgamento de processos contra irmãos Batista, da JBS, por manipulação de mercado

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiou nesta segunda-feira (29) o julgamento de três processos contra os irmãos Joesley e Wesley Batista, da família controladora da JBS (JBSS3). Os processos envolvem acusações de suposta manipulação de mercado em decorrência do acordo de delação premiada realizado pelos executivos no âmbito da Operação Lava Jato.

Até o momento, a dupla obteve a maioria dos votos para a absolvição das acusações. Apesar do placar favorável aos executivos e de uma possível multa de R$ 500 mil à J&F, a diretora Flávia Perlingeiro solicitou vistas nos três processos do dia e terá até 60 dias para apresentar seu voto.

No primeiro processo, os irmãos Batista e a holding J&F são acusados de insider trading com ações da JBS. O episódio remonta ao dia 17 de maio de 2017, quando o colunista Lauro Jardim divulgou que Joesley teria feito delações envolvendo o então presidente Michel Temer (MDB). O dia seguinte ficou conhecido no mercado financeiro como “Joesley Day”, marcado pela maior queda do Ibovespa desde a crise de 2008 e pela maior alta do dólar em 14 anos. Em decorrência dessa acusação, os empresários ficaram detidos por seis meses, entre 2017 e 2018.

A decisão de adiar o julgamento dos processos demonstra a complexidade e a importância dos casos envolvendo os irmãos Batista e a JBS. A CVM busca avaliar com rigor as evidências apresentadas e as alegações das partes envolvidas antes de emitir sua decisão final.

É fundamental ressaltar que a JBS é uma das maiores empresas do setor de alimentos do Brasil, e as acusações contra os seus controladores têm impacto significativo no mercado financeiro. O desfecho desses processos terá repercussões tanto para a JBS quanto para o setor como um todo.

Acompanhar o desdobramento desses julgamentos é de interesse de investidores, analistas e do público em geral, uma vez que as decisões tomadas pela CVM podem ter implicações nas perspectivas futuras da JBS e na percepção do mercado em relação à empresa.

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