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O Bank of America (BofA) atualizou a classificação das ações da Ambev para ‘compra’, projetando um aumento substancial e acima do consenso no EBITDA da empresa para o próximo ano. Os analistas Isabella Simonato, Guilherme Palhares e Fernando Oliveira preveem que a margem EBITDA de 2024 será a maior desde 2019.
Esse crescimento na margem será impulsionado por um custo menor das commodities, um câmbio mais favorável e um portfólio de produtos consistente em termos de mix e preços. Além disso, possíveis desfechos políticos positivos na Argentina podem reduzir a percepção de risco dos investidores.
O BofA estima um crescimento de 19% no EBITDA consolidado da Ambev no próximo ano, para R$ 30,4 bilhões. No Brasil, o crescimento deve ser de 34%, uma estimativa 13% acima do consenso do mercado. O banco também projeta um dividend yield de 7,2% para a Ambev no próximo ano.
O BofA também ajustou seu modelo para incluir esse cenário mais favorável e reduziu seu custo de capital para a Ambev, de 13,5% para 13,3%. Como resultado, o preço-alvo aumentou de R$ 16,4 para R$ 17,5, representando um potencial de valorização de 17% em relação ao fechamento anterior.
O banco destaca que a ação da Ambev está sendo negociada a um valuation atrativo após performar 4% abaixo do Ibovespa este ano. A Ambev está sendo negociada a 14,4 vezes o lucro estimado para este ano, um desconto de 22% em relação à sua média histórica. As empresas globais do setor estão sendo negociadas em torno de 17 vezes.
Atualmente, a Ambev vale R$ 233 bilhões na B3 e suas ações estão em alta de 1,9%.
Índice de conteúdo
Preço-alvo Ambev
A Ambev (ABEV3), uma das maiores empresas de bebidas do mundo, tem ações negociadas na bolsa de valores brasileira. Investidores estão constantemente em busca de informações relevantes para tomar decisões financeiras acertadas. Neste artigo, discutiremos o preço-alvo das ações da Ambev para o ano de 2023 e avaliaremos se vale a pena comprá-las. Analisaremos os fatores econômicos, as perspectivas do setor e outros elementos importantes que podem influenciar o desempenho futuro da empresa.
Tendências e Desempenho do Setor de Bebidas
O mercado de bebidas tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos. Os consumidores têm buscado novas experiências e produtos, o que impulsiona a demanda por bebidas inovadoras e de qualidade. Essa tendência cria oportunidades para empresas como a Ambev, que possui uma vasta gama de marcas e produtos.
No entanto, a concorrência no setor de bebidas também é acirrada. Existem várias empresas que competem com a Ambev, tanto no mercado nacional quanto internacional. Essa competição pode afetar o desempenho da empresa e sua capacidade de atingir o preço-alvo projetado.
Desempenho Financeiro da Ambev
A Ambev tem um histórico sólido de desempenho financeiro. A empresa possui uma posição financeira saudável, com lucros consistentes ao longo dos anos. Além disso, a Ambev tem investido em inovação e diversificação de produtos, o que fortalece sua posição no mercado.
No primeiro trimestre de 2023, a Ambev divulgou seus resultados, apresentando um desempenho positivo em várias áreas-chave. De acordo com o relatório, houve uma ligeira diminuição no volume total de vendas, com uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior. Esse declínio foi atribuído ao desafiador ambiente macroeconômico na América Latina Sul (LAS) e na América Central e Caribe (CAC). No entanto, o crescimento nas vendas no Brasil e no Canadá compensou parcialmente essa redução.
Por outro lado, a receita líquida teve um aumento significativo de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 26,9%. Todas as unidades de negócios da Ambev apresentaram crescimento na receita líquida, com destaque para LAS, NAB Brasil, Canadá, Cerveja Brasil e CAC.
O EBITDA ajustado também registrou um desempenho positivo, com um crescimento de 39,9% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado pelo bom desempenho em LAS, NAB Brasil, Cerveja Brasil e Canadá. Apesar do impacto dos preços das commodities no custo dos produtos vendidos (CPV), a Ambev conseguiu expandir a margem EBITDA ajustado em 310 pontos-base.
O lucro ajustado apresentou um crescimento de 8,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2022, impulsionado principalmente pelo crescimento do EBITDA. No entanto, o fluxo de caixa das atividades operacionais teve uma redução em relação ao ano anterior, principalmente devido ao faseamento da compra de matéria-prima, menor acumulação de estoques e maior imposto de renda retido na fonte sobre juros sobre o capital próprio (JCP).
Perspectivas Futuras
Além dos resultados financeiros, a Ambev também demonstrou seu compromisso com a sustentabilidade, anunciando uma parceria para instalar estações de recarga para sua frota de caminhões elétricos. A empresa também alcançou uma maior representatividade feminina em seu Conselho de Administração, sendo reconhecida pelo Women on Board.
Olhando para o futuro, a Ambev está bem posicionada para aproveitar as oportunidades do mercado de bebidas. A empresa tem se adaptado às mudanças nas preferências dos consumidores, investindo em marcas inovadoras e sustentáveis. Essas iniciativas podem impulsionar o crescimento e aumentar o valor das ações da Ambev no longo prazo.
No geral, os resultados divulgados pela Ambev no primeiro trimestre de 2023 indicam um desempenho sólido, com crescimento da receita líquida, expansão da margem EBITDA ajustado e aumento do lucro ajustado. No entanto, é importante considerar outros fatores, como o ambiente macroeconômico e os desafios específicos enfrentados pela empresa em diferentes regiões. Os investidores devem realizar uma análise abrangente e consultar profissionais financeiros antes de tomar decisões de investimento relacionadas às ações da Ambev.
Preço-Alvo 2023
As recomendações das instituições financeiras para as ações da Ambev são variadas. O Itaú BBA e o BofA possuem uma recomendação neutra, enquanto a XP e o Citi recomendam a compra das ações.
Instituição Financeira | Recomendação | Preço-Alvo | Potencial de Alta |
---|---|---|---|
Itaú BBA | Neutra | R$ 17 | 10,2% |
BofA | Neutra | R$ 16 | 3,7% |
XP | Compra | R$ 18,10 | 17,4% |
Citi | Compra | R$ 17 | 10,2% |
BTG | Neutra | R$ 16 | 3,7% |
Safra | Compra | R$ 18 | 16,6% |
Os preços-alvo também apresentam diferenças, com valores que variam de R$ 16 a R$ 18,10. Essa diversidade de recomendações destaca a importância de uma análise cuidadosa e consulta a profissionais financeiros ao considerar investir nas ações da Ambev.
Itaú BBA – Redução do Preço-Alvo e Recomendação Neutra
O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações da Ambev de R$ 18 para R$ 17, mantendo uma recomendação neutra para os investidores. Essa mudança no preço-alvo foi baseada em um modelo atualizado, que incorpora os números do primeiro trimestre, novas premissas macroeconômicas e melhores perspectivas para o mercado de cervejas no Brasil após a recente queda nos preços das commodities. Apesar da redução do preço-alvo, o banco não emite uma recomendação de compra ou venda, indicando uma posição neutra em relação às ações da Ambev.
BofA – Ganho de Participação no Mercado e Recomendação Neutra
Segundo o relatório do Bank of America (BofA), a Ambev tem conquistado uma maior participação no mercado de bebidas no Brasil. A categoria de cerveja tem apresentado um crescimento acelerado, com as marcas Brahma e Amstel ganhando espaço em relação a Bud, Stella e Skol. No entanto, a marca preferida pelos consumidores ainda é a Heineken. Com base em uma pesquisa realizada pelo banco com mil consumidores, foi constatado que o consumo continua em crescimento, o mix de canais tem sido um fator central na decisão de compra, a inovação é relevante e os volumes de Petrópolis estão enfrentando pressão. Apesar do momento positivo em relação aos volumes e da perspectiva de melhoria das margens, a melhor perspectiva operacional da Ambev pode ser limitada pelos riscos macroeconômicos e tributários em enfraquecimento. O BofA também destaca que a Ambev está direcionando seu foco para novos produtos, como a adição de Spaten e Michelob Ultra. Como resultado, o banco emite uma recomendação neutra para as ações da Ambev, com um preço-alvo de R$ 16.
XP – Reforço da Recomendação de Compra e Preço-Alvo de R$ 18,10
A XP reforça sua recomendação de compra para as ações da Ambev, mantendo um preço-alvo de R$ 18,10. A empresa reportou resultados robustos no primeiro trimestre, com ganho de margens, apesar da pressão inflacionária. Esses resultados positivos contribuem para a recomendação de compra, indicando um potencial de valorização das ações da Ambev.
Citi – Reiteração da Recomendação de Compra e Preço-Alvo de R$ 17
O Citi reitera sua recomendação de compra para as ações da Ambev, com um preço-alvo de R$ 17. Os resultados da empresa no primeiro trimestre superaram as expectativas, impulsionados pelos ganhos de margem, resultado da disciplina de custos e reajustes de preços nas operações da América do Sul. Esses fatores contribuem para a visão positiva do banco em relação às perspectivas futuras da Ambev.
BTG – Reiteração da Recomendação Neutra e Preço-Alvo de R$ 16
O BTG reitera sua recomendação neutra para as ações da Ambev, com um preço-alvo de R$ 16. Embora a companhia tenha se fortalecido nos últimos anos, o banco não espera que retorne a apresentar resultados robustos no curto prazo. O BTG mantém uma perspectiva mais cautelosa em relação ao desempenho da Ambev no primeiro trimestre, prevendo números mais moderados.
Safra – Reforço de Compra e Preço-Alvo de R$ 18
De acordo com a análise do Safra, a Ambev apresenta um crescimento sólido de receita, porém com margens ainda pressionadas por commodities e câmbio. O banco mantém a recomendação de compra para as ações da Ambev, com um preço-alvo de R$ 18 por ação, o que representa um potencial de alta de 16,6%.
Conclusão
Considerando tanto a análise fundamentalista quanto a análise técnica, podemos concluir que as ações da Ambev apresentam potencial de valorização em 2023. A empresa possui uma posição sólida no mercado de bebidas e está bem preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do setor. No entanto, é importante ressaltar que investimentos em ações estão sujeitos a riscos, e os investidores devem realizar sua própria análise e consultar profissionais financeiros antes de tomar decisões de investimento.
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