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Pesquisa do Santander mostra que investidor troca opções ultraconservadoras, mas não sai da renda fixa

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Mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado.

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023. Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em igual período, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente. Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%. 

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Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.

Brasil da renda fixa

O estudo realizado pelo Santander apontou que os moradores do estado do Tocantins são os mais conservadores entre brasileiros: a renda fixa (CDBs e letras) responde por 72% da carteira total de investimentos, seguido por Roraima (66%), Mato Grosso (62%) e Sergipe (61%). Este último, inclusive, foi o estado mais avançou com os aportes em renda fixa (77%), seguido pelo Piauí (64%).

Na outra ponta, ainda que na média nacional a renda variável tenha registrado queda, os moradores dos estados do Amapá, Mato Grosso do Sul e Goiás mostraram maior apetite ao risco, com crescimento de 69%, 57% e 3%, respectivamente.

O mesmo movimento foi observado em Previdência: na média nacional, a categoria perdeu recursos, mas os estados do Acre (20%), Sergipe (15%), Mato Grosso do Sul (7%), Tocantins (4%), Roraima (3%) e Rio de Janeiro (2%) registraram avanço.

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O Santander passou de 21,9 milhões de investidores em junho de 2022 para 25,5 milhões em junho de 2023, entre ativos e não ativos. O levantamento considerou clientes pessoas físicas do Santander Brasil.


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