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JBS registra prejuízo de R$ 263,6 mi no 2º trimestre, contrastando com lucro anterior

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Maior empresa de proteínas animais, JBS tem prejuízo de R$ 263,6 mi no 2º trimestre de 2023, após lucrar R$ 4 bi em 2022. Excesso de oferta de aves e margens apertadas afetam resultados.

A JBS, líder global em proteínas animais, encerrou o segundo trimestre deste ano com um prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões, em contraste com um lucro líquido de R$ 3,952 bilhões no mesmo período de 2022. A empresa atribuiu esse desempenho ao excesso de oferta global de aves, impactando a subsidiária Seara, e a margens mais estreitas nos negócios de bovinos nos EUA.

Ainda assim, a empresa manteve sua dívida líquida estável, expandindo operações, distribuindo dividendos e reforçando a liquidez. Cerca de 74% das vendas foram domésticas, enquanto 26% vieram de exportações.

Excesso de oferta global de aves e margens reduzidas nos EUA causam prejuízo à gigante JBS no segundo trimestre

A JBS (JBSS3), reconhecida como a maior empresa de proteínas animais em escala global, enfrentou um prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões durante o segundo trimestre de 2023. Esse desempenho contrasta fortemente com o lucro líquido de R$ 3,952 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.

O cenário adverso foi principalmente influenciado por dois fatores cruciais. Primeiramente, o excesso de oferta de aves em âmbito global impactou diretamente a performance da Seara, subsidiária da JBS. Adicionalmente, margens mais estreitas nos negócios de bovinos nos Estados Unidos, que têm considerável peso nos resultados consolidados da empresa, também contribuíram para essa mudança drástica.

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Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, afirmou em comunicado que, apesar dos desafios de mercado, a empresa manteve uma abordagem estratégica, investindo na expansão de operações e distribuindo cerca de R$ 2,2 bilhões em dividendos.

Tomazoni destacou a manutenção da estabilidade da dívida líquida em dólar, ressaltando o prolongamento do prazo médio da dívida, o aumento da liquidez e a redução dos custos do endividamento.

No que tange às vendas, aproximadamente 74% delas foram realizadas nos mercados domésticos onde a JBS opera, enquanto os 26% restantes foram provenientes de exportações de proteínas.

Apesar das margens mais apertadas, a divisão JBS Beef North America se destacou, liderando a receita líquida do grupo com R$ 28,77 bilhões, um incremento de 5,9% em comparação com o mesmo período no ano anterior. As divisões subsequentes incluíram Pilgrim’s Pride, JBS Brasil, Seara, JBS USA Pork e JBS Australia, com variações em suas receitas líquidas.

A queda nas divisas geradas pelas exportações influenciou a diminuição da receita líquida da Seara, porém as vendas no mercado doméstico permaneceram estáveis. Quanto à JBS Brasil, houve uma recuperação após a suspensão temporária das exportações de carne bovina à China e o impacto positivo do ciclo pecuário favorável.

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Enquanto a JBS USA Pork sofreu com a queda dos preços da carne suína nos EUA, suas exportações permaneceram aquecidas. Já na JBS Australia, houve crescimento nas vendas internas, mas uma retração nas exportações.

A despesa financeira da dívida líquida consolidada da companhia aumentou 20,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2022, atingindo R$ 1,311 bilhão. Em 30 de junho, a dívida líquida estava em US$ 16,7 bilhões (R$ 80,3 bilhões), um acréscimo de US$ 168 milhões em relação ao ano anterior. A alavancagem em real subiu para 3,87 vezes, em comparação com 1,64 vez no segundo trimestre de 2022.

Vendas internacionais em queda e alavancagem crescente impactam o desempenho da BRF no 2º trimestre

Outra empresa que também teve prejuízo foi a BRF (BRFS3), uma das maiores produtoras de alimentos do Brasil e detentora das marcas Sadia e Perdigão, que anunciou um prejuízo líquido de R$ 1,34 bilhão no segundo trimestre deste ano.

Esse valor representa um aumento significativo de quase três vezes em relação ao prejuízo de R$ 451 milhões registrado no mesmo período de 2022. A receita líquida da empresa recuou 5,7%, totalizando R$ 12,2 bilhões, e seu Ebitda teve uma queda de 32,7%, atingindo R$ 1 bilhão, com a margem Ebitda reduzindo para 8,2%.

O destaque negativo ficou por conta das vendas internacionais da companhia, que foram severamente impactadas por uma queda de 75% no Ebitda no segundo trimestre, levando a margem a diminuir em 11,8 pontos percentuais, chegando a 4%.

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Essa diminuição é atribuída ao excesso de oferta de frango no mercado internacional. Em contrapartida, a operação brasileira apresentou um crescimento de margens e geração de caixa, apesar do recuo de 0,6% na receita líquida para R$ 6,49 bilhões.

O CEO da BRF, Miguel Gularte, atribuiu o desempenho negativo nas vendas internacionais ao excesso de oferta, porém, expressou otimismo em relação a um melhor desempenho no segundo trimestre e ressaltou o aumento da possibilidade de vendas em outros mercados devido à habilitação de 15 plantas da companhia durante o trimestre. Enquanto a empresa busca eficiência para melhorar suas margens, observa-se um cenário desafiador no mercado internacional.


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