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Estudo da Sherlock mostra que 80% dos brasileiros no mercado de criptomoedas reconhecem o impacto da blockchain em suas vidas.
De acordo com um estudo realizado pela Sherlock Communications, 80% dos entrevistados brasileiros atuantes no mercado de criptomoedas estão confiantes no potencial da blockchain para influenciar positivamente suas vidas. O relatório aponta que o Brasil lidera em confiança nas criptomoedas, com uma parcela significativa dos entrevistados considerando-as um investimento seguro.
Além disso, houve uma mudança notável na percepção do Brasil como atrasado no campo das criptomoedas, com uma queda de 37% para 27% entre 2020 e 2023. Embora muitos brasileiros busquem plataformas de investimento mais acessíveis, o estudo também ressalta preocupações regulatórias e destaca a crescente importância da informação proveniente de influenciadores digitais.
Estudo revela que brasileiros enxergam oportunidades na blockchain e nas criptomoedas
Os brasileiros estão cada vez mais atentos ao potencial da blockchain e das criptomoedas, de acordo com os resultados do estudo recente conduzido pela Sherlock Communications.
Este relatório abrangente mapeou as percepções e tendências emergentes no mundo das criptomoedas, com foco especial no Brasil, revelando que 80% dos entrevistados brasileiros que participam do mercado de criptomoedas acreditam no impacto positivo da blockchain em suas vidas.
Uma das descobertas mais interessantes é que o Brasil está liderando em confiança nas criptomoedas, com 36% dos entrevistados considerando-as um investimento seguro.
Isso marca um crescimento significativo na aceitação desses ativos digitais em comparação com anos anteriores. Além disso, houve uma queda notável na percepção de atraso do Brasil no campo das criptomoedas, passando de 37% em 2020 para 27% em 2023, sugerindo um aumento no conhecimento e adoção dessas tecnologias no país.
O estudo também destacou a busca dos brasileiros por plataformas de investimento mais acessíveis e intuitivas, com 35% dos entrevistados expressando a necessidade de soluções menos técnicas. No entanto, à medida que o interesse e a adoção da blockchain aumentam, também crescem as preocupações regulatórias. O relatório apontou para os desafios recentes enfrentados no setor, como o colapso da stablecoin Terra Luna e a fraude na bolsa FTX, ressaltando a pressão regulatória que está sendo enfrentada.
Em relação aos motivos para investir em criptomoedas, o estudo destacou que 42% dos brasileiros entrevistados buscam a complementação de renda como o principal motivo. Surpreendentemente, a proteção contra instabilidade financeira ficou em quarto lugar, mesmo diante da volatilidade global.
Patrick O’Neill, da Sherlock Communications, expressou otimismo em relação ao futuro das criptomoedas, ressaltando o crescimento contínuo da adoção, mesmo que a um ritmo mais lento. Ele também destacou a posição da América Latina como líder em inovação Web3, citando startups e projetos de blockchain inovadores originários da região.
O estudo oferece uma visão abrangente das tendências emergentes no Brasil e destaca o papel crucial que o país está desempenhando no cenário global de blockchain e criptomoedas.
Especialistas afirmam que tecnologia associada às criptomoedas não deve ser criminalizada
Especialistas ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras afirmaram que a tecnologia usada pelas criptomoedas tem funcionado como um “chamariz” para a prática de crimes como as pirâmides. Mas eles foram unânimes em dizer que isso nada tem a ver com a tecnologia em si, e sim com a desinformação associada a ela.
Erik Wolkart, que é juiz federal, comparou a situação a esquemas de pirâmides feitos no passado com títulos de capitalização. Para ele, a tecnologia blockchain, que funciona como uma certificação do criptoativo, pode aumentar a acessibilidade das pessoas a melhores formas de organizar suas finanças.
“É muito importante dizer que a tecnologia não pode ser criminalizada só porque algumas pessoas fazem dela mau uso”, disse o juiz, em reunião da CPI na última semana.
O especialista em direito digital Matheus Puppe chamou as criptomoedas de “finanças descentralizadas” e disse que o Drex, o real digital anunciado recentemente pelo Banco Central, é um exemplo disso.
“A gente vê esses golpistas, que na verdade são criminosos, que falam de halving, de bitcoin, de ethereum, de blockchain, usando isso de uma maneira quase que sem sentido para quem de fato compreende, para tentar ludibriar uma população de que aquilo é algo inovador, que mudou tudo, e que as pessoas vão ganhar muito dinheiro de maneira fácil”, apontou.
Avanço tecnológico
Matheus Puppe afirmou ainda que a lei aprovada no Congresso (Lei 14.478/22) para regulamentar as criptomoedas foi uma iniciativa importante, mas lembrou que o avanço tecnológico sempre anda mais rápido e que será um desafio acompanhar essas mudanças.
O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), presidente da comissão, quis saber como os cidadãos podem se prevenir contra pirâmides que usam criptoativos. Para Courtnay Guimarães, da empresa Avanade, que presta serviços digitais, é preciso investir mais em educação financeira para a população. De acordo com ele, a primeira regra é desconfiar de rentabilidades altas e garantidas.
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