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De 2014 a 2022, o Brasil investiu R$ 2,8 bilhões no Banco de Desenvolvimento da América Latina, com foco em empréstimos à Argentina.
Nos últimos anos, especificamente entre 2014 e 2022, o Brasil realizou um aporte significativo de R$ 2,8 bilhões no Banco de Desenvolvimento da América Latina, também conhecido como Corporação Andina de Fomento (CAF). Esse investimento, realizado pelo Tesouro Nacional, visa alcançar uma participação acionária de 37,3% na instituição.
As transferências mais recentes foram feitas para cumprir um acordo de capitalização estabelecido em 2015. O CAF, cuja sede está localizada em Caracas, utiliza esses recursos para conceder empréstimos a diversos países, sendo a Argentina o principal beneficiário.
Participação brasileira no CAF e os empréstimos à Argentina
O Brasil tem desempenhado um papel significativo no financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina, também conhecido como Corporação Andina de Fomento (CAF). Entre 2014 e 2022, o país aportou um total de R$ 2,8 bilhões, com o objetivo de alcançar uma participação acionária de 37,3% na instituição.
A capitalização do banco é essencial para que ele possa continuar a oferecer empréstimos a diversos países da América Latina. Segundo relatórios recentes, a Argentina é o país que mais se beneficia desses empréstimos, tendo recebido até junho deste ano um montante de US$ 4,2 bilhões. Outros países, como Equador, Colômbia e o próprio Brasil, também estão na lista de beneficiários, com valores significativos.
Recentemente, em uma reunião da Comissão Mista de Orçamento no Congresso, parlamentares questionaram Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, sobre a participação do Brasil na liberação de um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina pelo CAF. A ministra, que também é governadora do Brasil no banco, teria atuado a pedido do presidente Lula para que o valor fosse transferido à Argentina, destinado ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A decisão gerou debates, pois a Argentina já havia esgotado seu limite de crédito disponível. A ministra Tebet esclareceu que não há dinheiro federal brasileiro envolvido e que o empréstimo foi feito por uma instituição onde o Brasil é apenas um dos acionistas. Contudo, para alguns parlamentares, essa diferenciação não é relevante, pois o recurso brasileiro é único, independentemente de sua origem.
Não temos alternativa que não seja a união, diz Lula na Argentina
Ao assumir a presidência temporária do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que o mundo se encontra cada vez mais complexo e desafiador e que nenhum país resolverá seus problemas sozinho nem pode permanecer alheio ao que chamou de grandes dilemas que vive a sociedade.
“NÃO TEMOS ALTERNATIVA QUE NÃO SEJA A UNIÃO. FRENTE À CRISE CLIMÁTICA, É PRECISO ATUAR COORDENADAMENTE NA PROTEÇÃO DE NOSSOS BIOMAS E NA TRANSIÇÃO ECOLÓGICA JUSTA. DIANTE DAS GUERRAS QUE TRAZEM DESTRUIÇÃO, SOFRIMENTO E EMPOBRECIMENTO, CUMPRE FALAR DE PAZ. EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS PAUTADO PELA COMPETIÇÃO GEOPOLÍTICA, NOSSA OPÇÃO REGIONAL DEVE SER A COOPERAÇÃO E A SOLIDARIEDADE.”
Em seu discurso, Lula citou o aumento do ódio, da intolerância e da mentira na política e classificou como urgente renovar o compromisso histórico do Mercosul como Estado de direito. “Como presidentes democraticamente eleitos, temos o desafio de enfrentar todos os que tentam se apropriar e perverter a democracia, estou convicto que a construção de um Mercosul mais democrático e participativo é o caminho que temos que trilhar.”
Alberto Fernández
Ao abrir a 62ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Países Associados, em Puerto Iguazú, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, comentou a transferência da presidência pro-tempore para o Brasil pelos próximos seis meses.
“Não quero esconder o enorme carinho e a profunda admiração que sinto por ele [Lula]. Foi vítima de perseguição e injustiça. Mas o povo brasileiro soube reparar esse dano dando a liderança dessa nação-irmã. Querido amigo, desejo o melhor. Você merece. Sermos membros desse bloco que nos fortalece. Sem ele, em um cenário internacional de países que constituem enorme blocos econômicos, seríamos mais fracos e pequenos. Vamos ser fortes, defendendo os nossos interesses.”
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