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Bolsas em NY fecham sem direção clara; Ibovespa recua após Lula descartar déficit zero em 2024.
As bolsas em Nova York encerraram a sexta-feira sem uma direção clara, com o Nasdaq registrando ganhos graças aos bons resultados divulgados pela Intel e Amazon no terceiro trimestre. No entanto, o Dow Jones teve um recuo significativo, influenciado pelo desempenho desfavorável da Chevron após a divulgação de seus resultados trimestrais.
Além dos balanços corporativos, os investidores estavam atentos aos números da inflação nos Estados Unidos em setembro, com destaque para o núcleo do PCE, que alcançou o maior patamar em quatro meses. Esse indicador é crucial para as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed). A percepção predominante do mercado é que as taxas de juros permanecerão estáveis na próxima semana, mas existem incertezas quanto ao aperto monetário nas reuniões futuras.
O Dow Jones encerrou o dia com uma queda de 1,12%, atingindo os 32.417,59 pontos, enquanto o S&P500 recuou 0,48%, fechando aos 4.117,37 pontos. O Nasdaq teve um desempenho positivo, subindo 0,38% e encerrando aos 12.643,01 pontos. Durante a semana, esses índices acumularam quedas significativas, de 2,14%, 2,53% e 2,62%, respectivamente.
Os rendimentos dos Treasuries apresentaram variações mistas, com o juro do T-bond de 30 anos subindo para 5,015%, enquanto o da T-note de 2 anos recuou para 5,016%. Os juros da T-note de 5 anos e de 10 anos também registraram quedas.
No cenário doméstico, o Ibovespa já estava sob pressão devido ao desempenho negativo das bolsas internacionais, mas a situação se agravou após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula afirmou que é improvável alcançar o déficit fiscal zero em 2024 e que essa meta não é uma prioridade. Como resultado, o Ibovespa fechou com uma queda de 1,29%, atingindo os 113.301,35 pontos. Apesar disso, na semana, o Ibovespa ainda conseguiu registrar um leve ganho de 0,13%. O volume financeiro totalizou R$ 22,9 bilhões, ligeiramente abaixo da média diária de setembro.
Mercado reage à rejeição de meta fiscal por Lula e tensões no Oriente Médio impulsionam o dólar
O mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de turbulência na sexta-feira, com o dólar subindo acima da marca de R$ 5. Isso ocorreu devido a uma série de fatores, incluindo as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, sobre a meta fiscal e as crescentes tensões no Oriente Médio.
Lula surpreendeu os mercados ao afirmar que o Brasil dificilmente alcançará a meta fiscal de déficit zero em 2024. Ele explicou que não deseja realizar cortes em investimentos e obras, considerando-os cruciais para a recuperação econômica do país. Essa declaração abalou a confiança dos investidores, que estavam esperando um compromisso firme com a responsabilidade fiscal por parte do governo.
Além disso, o cenário internacional também contribuiu para a alta do dólar. Notícias sobre a intensificação das operações terrestres de Israel na Faixa de Gaza e a ameaça do ministro de relações exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, de que grupos aliados estão prontos para atacar caso os confrontos entre Israel e o grupo Hamas persistam aumentaram a aversão ao risco global.
O dólar à vista fechou o dia com uma alta de 0,46%, atingindo R$ 5,0131. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 4,9317 e R$ 5,0191. No entanto, vale destacar que, na semana, o dólar ainda registrou uma pequena queda de 0,36%.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em 12,090% (de 12,086%, ontem); o jan/25 subiu a 10,990% (de 10,791%); o jan/26, a 10,810% (de 10,574%). O jan/27, a 10,970% (de 10,721%); o jan/29, a 11,370% (de 11,172%). O jan/31 subiu a 11,590% (de 11,408%).
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