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A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, surpreendeu o mercado ao anunciar um lucro líquido de R$ 1,472 bilhão no 3º trimestre de 2023, 2,2% acima do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo forte desempenho do Ebitda, refletindo o crescimento das receitas e controle de custos. Saiba mais sobre os números e os fatores por trás desse sucesso.
A Telefônica Brasil (VIVT3), empresa controladora da Vivo, divulgou recentemente seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2023 (3T23), revelando um desempenho sólido que superou as expectativas do mercado. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 1,472 bilhão, o que representa um aumento de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses números impressionantes refletem a forte evolução do Ebitda e uma série de fatores positivos que impulsionaram os resultados da companhia.
Uma das principais métricas que chamam a atenção é o Ebitda ajustado, que totalizou R$ 5,539 bilhões no 3T23. Esse valor representa um crescimento impressionante de 11,7% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e superou as projeções do mercado, que estimavam um resultado de R$ 5,27 bilhões. Esse desempenho excepcional do Ebitda pode ser atribuído ao sólido crescimento das receitas principais (core) da Vivo, que aumentaram 9,6% em relação ao ano anterior, juntamente com um controle eficiente de custos que cresceu 4,6% em termos anuais. Além disso, a aquisição de parte dos ativos da Oi Móvel teve um impacto positivo de R$ 175 milhões no 3T23, contribuindo ainda mais para o desempenho da empresa.
A margem Ebitda ajustada, um indicador-chave da eficiência operacional, atingiu 42,2% no 3T23, um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Isso demonstra a capacidade da Telefônica Brasil de otimizar seus processos e controlar custos, o que é fundamental para manter a lucratividade em um ambiente de negócios competitivo.
No entanto, o resultado financeiro líquido da empresa foi negativo em R$ 570 milhões no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de R$ 532 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi principalmente devido à redução nas receitas com atualização monetária. A empresa também observou um aumento de 5,9% nos Custos dos Serviços e Produtos Vendidos, impulsionado pelo aumento das receitas com serviços digitais e venda de aparelhos e eletrônicos.
A receita líquida total da Telefônica Brasil atingiu R$ 13,112 bilhões no terceiro trimestre de 2023, refletindo um crescimento saudável de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida móvel, que é uma parte significativa dos negócios da empresa, totalizou R$ 9,279 bilhões no mesmo período, representando um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. Já a receita líquida fixa cresceu 3,1% em termos anuais, impulsionada pelo crescimento de dois dígitos da Receita Core Fixa, que corresponde a 79,7% da receita líquida fixa.
Um dos destaques é o desempenho da receita de FTTH (Fiber to the Home, ou “fibra para casa”), que aumentou impressionantes 15,1% em relação ao ano anterior no 3T23, devido ao crescimento da base de clientes e ao efeito do reajuste anual de preço. Além disso, a receita de IPTV, associada à conectividade de fibra, registrou um aumento de 0,7% em termos anuais no 3T23, apesar de uma ligeira redução na base de acessos. A receita de dados corporativos, TIC e outros também teve um desempenho notável, crescendo 14,7% em relação ao ano anterior, impulsionada pelos serviços digitais para empresas.
Quando se trata de investimentos, a Telefônica Brasil investiu R$ 2,626 bilhões no 3T23, o que representa 20% da receita líquida do trimestre. Esses investimentos foram direcionados para o fortalecimento da rede móvel, incluindo a ativação do 5G em cidades com mais de 200 mil habitantes, bem como para a expansão da rede de fibra. Esses investimentos estratégicos são essenciais para manter a competitividade da empresa no mercado de telecomunicações.
Em relação ao endividamento, a dívida líquida da Telefônica Brasil em 30 de setembro de 2023 era de R$ 12,748 bilhões, o que representa uma redução de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso demonstra a sólida gestão financeira da empresa e sua capacidade de reduzir sua carga de dívida.
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