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O vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, próximo a Warren Buffett, expressou preocupação com a significativa valorização do Bitcoin, atingindo um aumento de 112% este ano, rotulando a criptomoeda como “dinheiro artificial”. Em uma entrevista concedida ao The Wall Street Journal, Munger sugeriu que os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo da China e proibir as criptomoedas. O próprio Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway e a quinta pessoa mais rica do mundo, compartilha da visão de Munger, equiparando o investimento em Bitcoin a um “jogo de azar”.
Prestes a completar 100 anos, Munger baseou sua crítica nos princípios de Adam Smith, considerado o pai do capitalismo. Então, ele ressaltou a importância de uma moeda emitida pelo Estado, respeitada e aceita, para o avanço da civilização. Assim, argumenta que o Bitcoin, não representa um avanço no conceito de dinheiro, mas sim uma regressão.
Juntamente com Munger, Buffett destacou sua descrença no Bitcoin, comparando-o a uma prática de jogo devido à incerteza associada aos investimentos na criptomoeda. Assim, ele não vê o Bitcoin como uma forma confiável de reserva de valor ou como uma alternativa viável ao sistema financeiro tradicional.
Índice de conteúdo
Considerações sobre a proibição de criptomoedas nos EUA
Munger e Buffett apontam a necessidade de os EUA seguir os passos da China, que optou por banir as criptomoedas. A preocupação central está na falta de controle governamental sobre esses ativos, levando a riscos de atividades ilegais e especulativas.
Com dois dos mais influentes investidores expressando opiniões negativas sobre o Bitcoin, isso pode afetar a confiança dos investidores em criptomoedas, levando a discussões mais amplas sobre a regulamentação e o papel das criptomoedas no sistema financeiro global.
Portanto, a visão sobre o Bitcoin destaca a divergência de opiniões, provocando debates sobre a regulamentação e o futuro do sistema financeiro. Afinal, é uma chamada para uma reflexão mais ampla sobre o papel e a validade das criptomoedas nos mercados financeiros globais.
Bitcoin e Ethereum recuam após condenação de fundador da FTX
O valor do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH) diminuiu após o fundador da exchange FTX, Sam Bankman-Fried, enfrentar sete acusações criminais em Nova York.
Sam Bankman-Fried recebeu sua sentença por envolvimento em uma fraude maciça que resultou no colapso de sua corretora no final do ano passado. Ele pode enfrentar uma pena superior a 100 anos de prisão.
Na manhã desta sexta-feira (3), o Bitcoin está sendo negociado a US$ 34.219, registrando uma queda de 3,40% nas últimas 24 horas. Enquanto isso, o Ether caiu 2,60%, atingindo US$ 1.785, e o XRP (Ripple) caiu 2,50%, para 0,60%. Essas informações são do CoinMarketCap, um agregador de dados.
O incidente relacionado à FTX abalou o mercado de criptomoedas no final do ano passado, resultando em um prejuízo de cerca de US$ 90 bilhões para vários investidores ao redor do mundo.
PicPay anuncia suspensão temporária das operações com criptomoedas
Em um comunicado recente, o PicPayanunciou que irá temporariamente pausar suas operações envolvendo criptomoedas. Os usuários foram notificados dessa interrupção na última sexta-feira (20), e o comunicado detalha os próximos passos nesse processo. A partir de agora, os usuários não podem mais adquirir criptomoedas por meio do aplicativo PicPay. No entanto, aqueles que ainda possuem saldo em suas contas de cripto terão a oportunidade de liquidar seus ativos sem a incidência de taxas até o dia 11 de dezembro.
Para aqueles que desejam manter seus criptoativos, o PicPay oferecerá uma solução chamada “portabilidade”. Assim, os usuários que desejam realizar essa transferência poderão fazê-lo a partir do dia 30 de outubro diretamente pelo aplicativo PicPay, na seção dedicada às criptomoedas.
A empresa afirmou que a decisão de pausar temporariamente suas operações se deve ao desejo de obter maior clareza e segurança no cenário regulatório atual. A empresa acredita que é importante avaliar cuidadosamente o ambiente regulatório e retornar à atuação no mercado quando os regulamentos estiverem mais bem definidos.
Essa decisão do PicPay ressalta a importância de uma abordagem cautelosa e em conformidade com as regulamentações governamentais no setor de criptomoedas. A empresa optou por tomar essa medida temporária a fim de garantir que suas operações futuras com criptomoedas sejam em total conformidade com as normas e regulamentações vigentes.
Posicionamento da marca
Esse é um exemplo da maturidade do mercado, em que empresas que atuam nesse setor buscam proteger os interesses dos usuários. Portanto, a decisão de pausar as operações pode ser vista como um passo em direção a um futuro mais seguro para o uso de ativos digitais.
Os usuários do PicPay devem ficar atentos às orientações da empresa sobre como proceder com seus ativos, seja optando por liquidá-los ou realizando a portabilidade. Em qualquer caso, a empresa está buscando garantir que essa transição ocorra de maneira clara, tendo respeito pelos interesses dos usuários.
Embora essa pausa seja vista como uma precaução, ela também será necessária para que as empresas criem um ambiente de negócios mais seguro. Afinal, espera-se que as operações com criptomoedas do PicPay possam retomar, beneficiando seus usuários e o ecossistema de criptomoedas.
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