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As ações da Gol (GOLL4) registraram queda após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2023, apesar dos resultados acima das estimativas. A empresa revisou seu guidance para 2023, gerando cautela entre os analistas. Saiba mais sobre os detalhes do balanço e os motivos por trás da queda das ações.
As ações da Gol (GOLL4) apresentaram uma queda de 4,78%, sendo cotadas a R$ 8,36, por volta das 16h25 do pregão desta segunda-feira (6). Esse movimento negativo ocorreu logo após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23) da companhia, que surpreendeu o mercado com resultados acima das estimativas. No entanto, apesar da aparente fotografia positiva, os analistas da Genial e do Itaú BBA permanecem cautelosos em relação ao setor aéreo como um todo.
Uma das razões para a queda das ações da Gol foi a revisão do guidance para 2023 pela empresa, que reduziu o espaço para lucratividade no ano fiscal. Agora, a Gol espera alcançar uma margem Ebitda de 24%, enquanto mantém a expansão de total de assento-quilômetro ofertado (ASK) entre 10% e 15%. Para os analistas do Itaú BBA, esse guidance atualizado não sinaliza mudanças substanciais em seu modelo para o quarto trimestre de 2023.
O Itaú BBA mantém a classificação de market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para as ações da Gol e estabelece um preço-alvo de R$ 7,30. Por sua vez, a Genial recomenda manter as ações da companhia.
Apesar da queda no valor das ações, os resultados da Gol no terceiro trimestre de 2023 foram positivos e vieram acima das expectativas do mercado. Essa performance foi impulsionada por diversos fatores, incluindo uma redução de 30% nos preços dos combustíveis em comparação com o ano anterior.
Além disso, a capacidade e a procura por voos aumentaram em 5% e 8%, respectivamente. A gestão de capacidade mais conservadora da Gol levou a um aumento de 2 pontos percentuais no fator de utilização, contribuindo para a melhoria da rentabilidade. O Ebitda atingiu R$ 1,2 bilhão, quase triplicando em relação ao ano anterior, gerando uma margem de 26,8%. Os custos com combustíveis, pessoal e manutenção explicaram parte dessa surpresa positiva.
A empresa também registrou melhorias em sua liquidez, considerando caixa, aplicações financeiras, caixa restrito e contas a receber, que aumentaram para R$ 4,7 bilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela geração de caixa de R$ 2,1 bilhões na frente operacional, compensando saídas relacionadas a leasing, juros e investimentos. Além disso, a dívida líquida ajustada da Gol diminuiu para R$ 18,5 bilhões, beneficiada por uma taxa de câmbio mais favorável no trimestre.
Por outro lado, houve estabilidade nos rendimentos em relação ao trimestre anterior, apesar da sazonalidade mais favorável. Isso resultou em receitas de passageiros totalizando R$ 4,3 bilhões, que ficaram 4% abaixo das estimativas, enquanto as receitas com cargas e outras atingiram R$ 413 milhões, também 4% abaixo do esperado. No entanto, a receita consolidada da Gol ainda aumentou em 16% em comparação com o ano anterior.
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