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Após a divulgação dos resultados financeiros, as ações de empresas do setor imobiliário, como Helbor e MRV, registram altas expressivas, impulsionadas por mudanças nas regras do FGTS e desempenho positivo. Além disso, outras construtoras como Direcional e Plano&Plano também apresentam ganhos sólidos, enquanto Tenda e Trisul enfrentam desafios.
A maioria das construtoras e incorporadoras optou por divulgar seus resultados financeiros na noite de ontem (09), e os números estão refletindo positivamente no mercado de ações, impulsionados pelo sólido desempenho do índice Ibovespa, que ultrapassou a marca dos 120 mil pontos. Entre as empresas do setor imobiliário, algumas se destacaram com ganhos significativos, como a Helbor (HBOR3) e a MRV (MRVE3), que registraram altas entre 6% e 8%.
As ações da MRV continuam atraindo a atenção dos investidores, sendo descritas como “definitivamente baratas” pela Genial Investimentos. Isso ocorre em meio às discussões sobre as mudanças nas regras do FGTS, cujo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) teve um pedido de vista pelo ministro Cristiano Zanin, adiando a decisão por 90 dias. Esse adiamento é visto como positivo pelo analista do BTG Pactual, Gustavo Cambauva, pois dá ao governo a oportunidade de buscar uma reversão da decisão.
Outras construtoras do segmento de baixa renda, como Direcional (DIRR3) e Plano&Plano (PLPL3), também apresentaram ganhos sólidos, com altas superiores a 5%. A XP destaca os resultados positivos da Plano&Plano, especialmente a geração de caixa, que aumentou consideravelmente para R$107 milhões, três vezes mais do que no segundo trimestre. Isso é atribuído às vendas fortes de estoques e ao aumento da velocidade de vendas, o que deve impulsionar os lançamentos futuros da empresa.
No caso da Helbor, a incorporadora divulgou resultados do terceiro trimestre que superaram as estimativas do mercado, de acordo com o Itaú BBA. Destacam-se a receita líquida de R$ 325 milhões, 20% acima das previsões, e a margem bruta que subiu para 29%, um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre, também superando as estimativas.
Por outro lado, as ações da Tenda (TEND3) e da Trisul (TRIS3) tiveram desempenhos mais fracos, com quedas de 1%. A Tenda registrou um prejuízo de quase R$ 24 milhões, impactado pela margem bruta sob pressão devido ao ciclo inflacionário recente. Apesar disso, a XP destaca sinais de melhora contínua na construtora.
No caso da Trisul, a XP considera os resultados como neutros, embora destaque as vendas líquidas mais fortes. No entanto, os níveis mais baixos de margem bruta continuam a afetar a lucratividade da empresa. O Itaú BBA chama a atenção para o aumento da alavancagem financeira da Trisul.
Em resumo, o setor imobiliário no Brasil está apresentando resultados mistos, com algumas empresas se destacando e outras enfrentando desafios específicos. A discussão em torno das mudanças nas regras do FGTS continua a influenciar o mercado, e os investidores estão atentos às oportunidades e aos riscos dentro desse setor em constante evolução.
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