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PT defende rombo no orçamento; Haddad rebate

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Em evento do PT, Gleisi Hoffmann defende déficit fiscal, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que maior gasto público não assegura crescimento.

Em um encontro do PT, Gleisi Hoffmann, líder do partido, propôs um déficit fiscal que não ultrapasse 2% do PIB para 2024, uma visão que diverge da do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Haddad contestou a ideia de que elevar os gastos públicos seja essencial para o crescimento econômico do país.

Ele ressaltou a necessidade de um controle equilibrado do déficit, evitando cortes que prejudiquem a população mais carente, e sublinhou a importância de realizar reformas no sistema tributário. Além disso, Haddad admitiu que há obstáculos no Congresso para a aprovação de medidas de ajuste fiscal e de incremento na arrecadação. Por outro lado, Gleisi defendeu uma perspectiva diferente, sugerindo que o foco não deveria estar no resultado fiscal do ano seguinte.

Visões Divergentes no PT: Gleisi Apoia Déficit Fiscal, Haddad Prioriza Controle

Em um recente evento do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentaram visões divergentes sobre a política fiscal do Brasil. Gleisi defendeu a ideia de permitir um déficit fiscal de até 2% do PIB em 2024, uma posição que reflete uma abordagem mais flexível em relação às finanças públicas. Ela argumentou que não se deveria focar no resultado fiscal no próximo ano, sugerindo que um déficit moderado não afetaria significativamente a economia.

Por outro lado, Haddad, ao rebater a premissa de que o aumento do gasto público é essencial para assegurar o crescimento econômico, enfatizou a necessidade de um controle fiscal equilibrado. Ele destacou a importância de reformas tributárias e de ajustar os gastos de maneira que não prejudique os mais pobres. Haddad também reconheceu a existência de resistência no Congresso para a aprovação de medidas de ajuste fiscal e aumento da arrecadação.

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Essa divergência de opiniões dentro do PT reflete a complexidade e os desafios enfrentados pelo partido em formular uma política econômica coesa. Enquanto Gleisi propõe uma abordagem mais relaxada em relação ao déficit fiscal, Haddad se mantém firme na necessidade de equilibrar as contas públicas. Essas visões contrastantes podem influenciar as decisões políticas e econômicas do partido no futuro próximo, especialmente em um contexto de incertezas econômicas e desafios fiscais.

Posicionamento do Líder Governista Reflete Apoio a Gleisi

No decorrer do evento, José Guimarães, líder do governo na Câmara e membro do PT-CE, expressou sua oposição à meta de déficit zero. Ele enfatizou que a legislação orçamentária deve refletir a identidade do partido e ser estratégica para o sucesso do PT nas eleições municipais de 2024.

Guimarães declarou a Gleisi que, se necessário, o partido deveria optar por um déficit para assegurar vitórias eleitorais em 2024, uma afirmação que recebeu aplausos dos presentes.

Além disso, Guimarães fez um chamado aos ministros do governo Lula para que contribuam ativamente na campanha do PT, ajudando a eleger prefeitos e vereadores no ano seguinte. Ele ressaltou a importância de os ministros compreenderem seu papel duplo como integrantes do governo e militantes do PT, enfatizando a necessidade de proteger e fortalecer o partido dentro do governo, conforme expresso pelo líder governista na Câmara.

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Economistas temem aumento de gastos e carga tributária em 2024

Especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam que o governo federal pode buscar aumentar gastos e a carga tributária para equilibrar as contas, especialmente em um contexto de eleições municipais. Essa tendência pode diminuir a tolerância para o aumento de impostos, gerando incertezas para investidores. Além disso, a transição na presidência do Banco Central é vista como outra fonte de volatilidade.

O desafio fiscal é considerado o principal para a economia brasileira, com expectativas de que o governo não cumpra a meta de déficit fiscal primário zero em 2024. Apesar dessas preocupações, o cenário externo favorável e a posição do Brasil em comparação com outros emergentes têm mitigado impactos negativos no câmbio e na precificação de ativos.


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