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Inteligência emocional ajuda nos estudos e na profissão

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Estudos apontam como a habilidade de gerenciar emoções pode ser um diferencial para a vida acadêmica e a trajetória profissional. 

O desenvolvimento de habilidades técnicas e emocionais pode ajudar a lidar com os diversos desafios que se impõem ao longo da vida estudantil e profissional, conforme apontam diferentes estudos. Nesse contexto, a inteligência emocional é apontada como um diferencial capaz de influenciar positivamente na organização das atividades e na tomada de decisões. 

De acordo com informações da Fundação Instituto de Administração (FIA), a psicologia define a inteligência emocional como a capacidade de reconhecer e gerir as próprias emoções e, também, ter empatia e compreensão em relação aos sentimentos dos outros. 

Na prática, isso significa que mesmo quando a pessoa experimenta emoções que poderiam afetar diretamente os planos de estudo ou a produtividade no trabalho, ela consegue lidar com a situação e minimizar os impactos nas atividades.

Com relação ao desempenho estudantil, a inteligência emocional pode auxiliar no estabelecimento de metas realistas, no manejo do estresse e na resolução de problemas. Um estudante preocupado com a pontuação no Enem, por exemplo, deve saber gerenciar o tempo de estudo e suas expectativas diante do futuro. Ao desenvolver essa habilidade, essas ações tornam-se mais fáceis.

Já os profissionais formados precisam lidar com ambientes de trabalho dinâmicos, interações complexas e pressões inerentes ao ofício. Ter inteligência emocional auxilia a encarar tais desafios. Dessa forma, a orientação de especialistas é que a competência seja desenvolvida e amadurecida ao longo da vida, pois é capaz de contribuir positivamente em diferentes aspectos.

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Estudantes do curso de Enfermagem, por exemplo, já devem se preparar para serem profissionais com competência emocional, aptos a identificar e gerenciar os próprios sentimentos enquanto interagem de forma empática, como ressalta o estudo “Competência emocional na área de enfermagem”, realizado pela pesquisadora Ana Luiza Ferreira Aydogdu e publicado na Revista de Ciências da Saúde – Nova Esperança.

A pesquisa enfatiza que, como a profissão que exige interação frequente com pacientes e outros profissionais, pode ter uma carga relevante de estresse. Assim, desenvolver habilidades emocionais favorece a prestação de um cuidado qualificado e protege a saúde psicossocial dos enfermeiros. 

Outro exemplo é o profissional formado no bacharelado em Direito. A área também demanda competências emocionais por lidar com questões importantes das vidas das pessoas. Em seu artigo “Inteligência emocional na advocacia como diferencial para o sucesso”, a advogada Ji Sanches define a inteligência emocional na advocacia como uma capacidade de identificar as emoções com facilidade e, a partir daí, equilibrar a razão e a emoção. Com isso, é possível manter o autocontrole sobre as próprias ações ao longo da convivência com parceiros e clientes.

Inteligência emocional: do conceito à conquista

Como apurado pela Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE), o termo “inteligência emocional” começou a ser trabalhado pelo psicólogo americano Hanskare Leuner, em 1966. O conceito ganhou profundidade em 1989, com o psiquiatra infantil Stanley Greenspan e, depois, com os psicólogos Peter Salovey e John Mayer. 

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Já o responsável por popularizar o conceito foi o psicólogo Daniel Goleman. Considerado o “pai da Inteligência Emocional”, o especialista também é escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O termo ficou famoso no mundo todo por meio do livro “Inteligência Emocional”, publicado em 1986, que conta com mais de 5 milhões de cópias vendidas.

Os ensinamentos de Goleman afirmam que o controle das emoções é fundamental para o desenvolvimento da inteligência. Embora existam aspectos que determinam o temperamento, parte considerável dos circuitos cerebrais humanos é flexível e, portanto, pode ser trabalhada. Dessa forma, não há uma loteria genética que define fracassados e vitoriosos. 

Para o especialista, a habilidade é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Ele exemplifica com o ambiente de trabalho, já que a maioria das situações que envolvem esse âmbito é concatenada a partir dos relacionamentos entre as pessoas. Isso quer dizer que indivíduos com qualidades de relacionamento humano — como gentileza, compreensão e afabilidade — têm mais chances de alcançar o sucesso, segundo o psicólogo.

Como Goleman defende que muitos dos circuitos da mente humana são maleáveis e podem ser aprimorados, o primeiro passo para aumentar a inteligência emocional, é revisar as habilidades existentes e perceber quais precisam ser trabalhadas. O feedback externo também é defendido pelo psicólogo como uma métrica eficiente para se orientar e desenvolver essa habilidade.

Para o psicólogo e professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University, Tomas Chamorro-Premuzic, outras ações também contribuem para alcançar a inteligência emocional, como: ter autoconsciência, focar também nas outras pessoas, agir para tornar a convivência gratificante, evitar explosões e mostrar humildade. 

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Benefícios para o ambiente corporativo

De acordo com Daniel Goleman, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades: o autoconhecimento emocional, o controle emocional, a automotivação, a empatia e as habilidades sociais. 

A pessoa que trabalha a sua inteligência emocional, além de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, pode entender os sentimentos das outras pessoas. Essa capacidade influencia de forma positiva a comunicação, a colaboração e a redução de conflitos nas empresas.

Isso porque, na prática, a inteligência emocional permite que os colaboradores compreendam melhor as necessidades dos colegas, o que contribui para um ambiente mais harmonioso e produtivo. 

Além disso, ajuda as lideranças no trabalho de incentivar e engajar suas equipes, sendo considerada indispensável para a tomada de decisões e a resolução de problemas e conflitos. Os relacionamentos com clientes e parceiros de negócios também podem ser beneficiados pela habilidade de gerenciar as emoções e a forma de se comunicar. 


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