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O presidente da Argentina, Javier Milei, reiterou sua promessa de fechar o Banco Central argentino, em uma recente entrevista à rádio La Red. O político controverso, conhecido por suas posições ultraliberais, afirmou que mais cedo ou mais tarde o Banco Central será encerrado como parte de seus planos de dolarização do país.
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Mudança de Tom ou Coerência?
A declaração de Milei revive um tema polêmico de sua campanha eleitoral. Apesar de ter suavizado seu discurso em alguns aspectos, o fechamento do Banco Central continua sendo uma das propostas do presidente argentino. Anteriormente, a suposta indicação para chefiar o BC, Santiago Bausili, havia dito que a instituição não teria um fim sob sua liderança.
Impactos do Fechamento do Banco Central
O fechamento do Banco Central teria implicações significativas para a economia argentina. Sem uma autoridade monetária, o país perderia a capacidade de controlar taxas de juros, taxas de câmbio e imprimir dinheiro. Além disso, o BC desempenha um papel crucial na fiscalização do mercado financeiro e de outras instituições bancárias.
Milei também expressou sua intenção de dolarizar a Argentina, substituindo o peso pelo dólar norte-americano. Isso transferiria as decisões monetárias para o Federal Reserve dos Estados Unidos, afetando a autonomia econômica do país sul-americano. Vale ressaltar que a União Europeia considera países sem fiscalização monetária como paraísos fiscais.
Exemplos de Países sem Banco Central
Embora países como Micronésia, Andorra e Mônaco não tenham bancos centrais devido ao seu tamanho populacional reduzido, o Panamá, por exemplo, adotou o dólar como moeda oficial sem estabelecer um banco central. Entretanto, isso não se aplica a todos os casos de dolarização, já que países como Equador e El Salvador mantêm suas autoridades monetárias mesmo após adotarem o dólar.
Portanto, a posição de Milei levanta questões sobre a estabilidade e autonomia econômica da Argentina. O fechamento do Banco Central e a dolarização apresentam desafios significativos, e o debate sobre essas propostas continua a polarizar a opinião pública e especialistas econômicos. O futuro da política econômica argentina permanece incerto diante dessas propostas radicais.
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Arábia Saudita realiza maior emissão de títulos desde 2017
A Arábia Saudita protagonizou uma emissão de títulos na terça-feira, 9, alcançando um montante impressionante de US$ 12 bilhões. Este movimento representa a maior emissão do reino desde 2017, e ocorre em meio aos crescentes desafios econômicos enfrentados pelo país na busca por diversificação além do setor petrolífero.
O acordo abrangeu três tipos de títulos, com vencimentos estipulados para 2030, 2034 e 2054. O apetite dos investidores foi notável, com ordens totalizando expressivos US$ 30 bilhões.
Desafios Econômicos e Diversificação
A dívida pública saudita, embora ainda modesta em comparação global, está em trajetória ascendente. Estima-se que alcance 26,9% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2026, em contraste com os 24,8% registrados no ano anterior.
A motivação por trás dessa robusta emissão reside nos esforços do país para financiar uma ambiciosa reforma econômica, liderada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Essa reforma tem como objetivo reduzir a dependência do país em relação ao petróleo. Parte integrante desse plano visionário é a criação da cidade-Estado Neom, um projeto que almeja contar com inovações como carros voadores, dinossauros robôs e até mesmo uma lua artificial gigante.
Desdobramentos Econômicos Futuros
Embora a dívida pública saudita ainda seja gerenciável em comparação com outros países, o aumento previsto representa uma estratégia para angariar fundos e impulsionar as transformações econômicas em curso.
Portanto, o príncipe Mohammed bin Salman lidera a empreitada de reduzir a dependência do país do petróleo, buscando criar uma economia adaptada aos desafios modernos. Afinal, este movimento delineia o compromisso da Arábia Saudita em enfrentar as mudanças globais e garantir um futuro econômico sustentável.
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