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Dólar sobe após Ata do Fed reiterar cautela sobre cortes de taxas. Investidores acompanham balanços e política em Brasília.
O dólar encerrou o dia em leve alta, finalizando uma série de quatro quedas consecutivas. Essa mudança de direção ocorreu em resposta à cautela dos investidores após a divulgação da Ata do Federal Reserve (Fed), além da atenção dada aos resultados financeiros de empresas nos Estados Unidos e no Brasil, notadamente Nvidia e Vale.
A Ata manteve o tom cauteloso anteriormente expresso por membros do Fed, enfatizando a necessidade de confiança na desaceleração da inflação para considerar cortes nas taxas de juros. Esse cenário é agravado pelas incertezas políticas em Brasília e pelas expectativas em torno da desoneração da folha de pagamentos, com os investidores atentos às movimentações do ministro Fernando Haddad e do líder do governo, Randolfe Rodrigues.
Investidores reagem à cautela do Fed e acompanham de perto a política e balanços financeiros
O mercado financeiro testemunhou uma leve alta do dólar nesta quarta-feira, quebrando uma sequência de quatro sessões de baixa. A mudança de direção veio após investidores analisarem com cautela as informações da Ata do Federal Reserve, junto com a divulgação de importantes balanços financeiros nos Estados Unidos e Brasil, e a dinâmica política em Brasília.
A Ata do Fed não apresentou surpresas, mas reforçou a postura precautiva de seus membros, que já vinham sinalizando nas últimas semanas a necessidade de uma “maior confiança” no controle da inflação para então considerar possíveis cortes nas taxas de juros.
Apesar das expectativas, a Ata revelou que os membros do comitê do Fed acreditam que as taxas de juros estão “provavelmente” no seu ponto mais alto, introduzindo um cenário de expectativa cautelosa no mercado. Eles também destacaram os riscos de uma flexibilização monetária precipitada, enfatizando a importância de uma análise cuidadosa dos novos dados econômicos para confirmar a tendência de queda sustentável da inflação.
No Brasil, os investidores estão de olho nas negociações sobre a desoneração da folha de pagamentos, uma questão política que tem potencial para impactar o mercado. Embora o ministro da Economia, Fernando Haddad, não tenha feito declarações à imprensa após sua reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o líder do governo, Randolfe Rodrigues, assegurou que uma solução para o impasse seria anunciada em breve.
Esse panorama contribuiu para um fechamento do dólar à vista em alta de 0,14%, cotado a R$ 4,9384. A oscilação do dólar durante o dia reflete as incertezas e as expectativas dos investidores, em um momento em que o mercado global e local estão especialmente atentos às políticas monetárias e às movimentações políticas.
Ata do Fed Mantém Mercado Sem Direção Clara; Nvidia Impacta Desempenho do Nasdaq
Na sessão de hoje, os mercados de ações em Nova York tiveram um desempenho misto, com uma reviravolta positiva para o Dow Jones e o S&P 500 nos momentos finais, enquanto o Nasdaq foi afetado negativamente. A publicação da Ata do Federal Reserve era altamente antecipada, com investidores em busca de pistas sobre os futuros passos da política monetária dos Estados Unidos.
No entanto, o documento não apresentou novidades significativas, reiterando apenas a postura de cautela dos dirigentes do banco central americano quanto ao início dos cortes de juros, enfatizando a necessidade de mais confiança na desaceleração da inflação.
O Dow Jones Industrial Average fechou com uma modesta alta de 0,13%, enquanto o S&P 500 também subiu 0,13%, sinalizando uma reação tardia, mas positiva dos investidores às notícias. Em contrapartida, o Nasdaq Composite apresentou uma queda de 0,32%, pressionado pelas ações da Nvidia, que caíram 2,85% em meio às expectativas em torno de seu balanço do quarto trimestre, revelado após o fechamento do mercado.
Os rendimentos dos Treasuries, que servem como referência para os juros globais, avançaram, indicando uma possível reavaliação das expectativas de mercado quanto à política monetária. Esse movimento sugere um ajuste nas projeções de investidores, ainda cautelosos com o cenário econômico futuro e atentos aos próximos movimentos do Federal Reserve.
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