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A decisão do conselho de administração da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com divulgações feitas na sexta-feira (08), o governo pretende que a empresa use para investimentos o dinheiro que seria destinado à remuneração extra aos acionistas. Para a Petrobras poder usar os recursos da reserva estatutária, o governo irá mudar algumas regras que estão relacionadas ao tema.
“Não é uma questão de prejudicar os acionistas. Não se paga no curto prazo para ter um investimento que vai dar um rendimento melhor no longo prazo”, disse uma das fontes, na condição de anonimato.
Lula se reuniu com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia e com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras para ouvir os argumentos. Prates, defendeu o pagamento, em uma versão negociada, de 50% do valor possível em dividendos extraordinários, mas foi voto vencido.
Por várias vezes o presidente Lula já criticou o pagamento de dividendos e já havia declarado que pretendia usar parte dos recursos em investimentos.
A Petrobras informou na véspera que o conselho de administração propôs destinar 43,9 bilhões de reais de lucro remanescente para uma reserva de remuneração do capital recém-criada pela companhia. Os recursos poderiam ter sido destinados para dividendos extraordinários. O colegiado aprovou apenas a remuneração ordinária, no montante de 14,2 bilhões de reais, somando dividendos totais no 4T23 de 72,4 bilhões de reais.
Nesta segunda- feira (11), às 15h, o presidente da Petrobras Jean Paul Prates, irá ser recebido pelo Presidente Lula no Palácio do Planalto. Será o 1º encontro dos 2 depois que a estatal decidiu não distribuir o lucro extraordinário, o que levou a uma forte queda no preço das ações. A estatal ainda registrou resultado 33,8% menor que 2022, como já era esperado.
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