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O barril do tipo Brent, referência global da commodity, deve atingir o maior patamar pela primeira vez em quase dois anos.
Há poucos dias, o petróleo acabou ultrapassando os US$ 90 e fez com que as tensões militares entre Israel e Irã tivessem um gatilho imediato.
Os fundamentos da recuperação do setor foram mais profundos e reportaram um choque de oferta global, intensificando os temores de um ressurgimento da inflação impulsionada pelas commodities.
Uma medida foi tomada recentemente pelo México para reduzir as suas exportações de petróleo bruto e isto, está elevando a pressão global sobre o setor, levando refinarias nos EUA, maior produtor do insumo no mundo, a consumir mais barris nacionais.
As sanções americanas levaram as cargas russas e ficaram encalhadas no mar, sendo o abastecimento venezuelano um próximo alvo potencial. Os ataques rebeldes Houthi a petroleiros no Mar Vermelho atrasaram os embarques de petróleo bruto.
Tudo isso está contribuindo para uma magnitude de interrupção da oferta que apanhou os traders de petróleo de surpresa. A crise está impulsionando a recuperação da commodity antes da temporada de verão nos Estados Unidos, ameaçando empurrar o Brent, referência global, para US$ 100 pela primeira vez em quase dois anos.
Redução no fluxo
O México, EUA, Catar e Iraque reduziram os seus fluxos de produção combinados de petróleo em mais de um milhão de barris por dia durante o mês de Março.
A crise na oferta pode se tornar ainda mais aguda nas próximas semanas. Com o presidente da Venezuela Nicolás Maduro sem dar sinais de cumprir as promessas de avançar em direção a eleições livres e justas, a administração Biden poderá reimpor sanções este mês.
O mercado de petróleo mais pesado e mais sujo “está em baixa já há algum tempo, mas este aperto nos mercados de óleo tight e as perspectivas para a temporada de verão nos Estados Unidos sugerem que o mercado está deixando o pior para trás”, disse Samantha Hartke, analista da Sparta Commodities.
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