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A mudança na meta de superávit em 2025, deixou a percepção do mercado como que o governo “jogou a toalha” sobre o ajuste fiscal.
A nova mudança na meta de superávit em 2025, está dando o que falar e deixou no mercado a percepção de que o governo “jogou a toalha” sobre o ajuste fiscal.
Para Mansueto, ex secretário do Tesouro entre os anos de 2018 e 2020, o Brasil precisa mostrar compromisso com as contas públicas, incluindo a contenção de gastos para se diferenciar de forma positiva dos demais países emergentes e evitar a piora das expectativas.
“O humor do mercado está azedando muito rapidamente”, afirmou Mansueto.
Nesta semana, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, confirmou uma meta de resultado primário zero para o 2025.
A meta é inferior ao objetivo anterior de superávit de 0,5% do PIB. Há um grande receio de piora fiscal. Os juros permanecerão altos por mais tempo no exterior, o que já levou o dólar a disparar para acima de R$ 5,20, enquanto as taxas de juros futuras passaram a apontar uma Selic acima de 10% no final do ciclo de cortes.
De acordo com as informações, apesar da forte pressão no mercado, o Brasil ainda não vive uma situação de grave crise, sem volta, pois a atividade forte e a balança comercial sólida dão fôlego ao país. No entanto, é preciso uma resposta no campo fiscal para evitar maior deterioração das expectativas.
Superávit fiscal enfrenta desafios
Desaceleração na arrecadação fiscal em março levanta preocupações sobre as finanças do governo Lula, com especialistas prevendo uma possível meta fiscal zero para 2025. Os números preliminares indicam um crescimento mais lento da arrecadação, impulsionando o governo a buscar uma manobra para garantir um crédito extra de R$ 15,7 bilhões no Congresso Nacional. Embora a arrecadação total em março ainda tenha alcançado R$ 201,45 bilhões, o aumento perdeu ritmo em comparação com meses anteriores.
A receita apenas com tributos registrou um crescimento real de 14,03%, enquanto a arrecadação líquida da Previdência expandiu 7,35%. Essa desaceleração levanta preocupações sobre a capacidade do governo de sustentar suas despesas e políticas públicas. Para evitar possíveis apertos financeiros no futuro próximo, o governo age para garantir recursos adicionais, visando acomodar não apenas gastos com políticas, mas também emendas parlamentares.
A mudança no arcabouço fiscal para permitir a antecipação do crédito extra reflete a urgência do governo em enfrentar as pressões fiscais imediatas. No entanto, isso também evidencia a perspectiva de uma arrecadação mais fraca nos próximos anos, justificando a especulação sobre uma possível meta fiscal zero para 2025.
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