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- O dólar comercial opera em alta na abertura desta quarta-feira (14), após demissão de Prates e mudanças na Petrobras
- A mudança no comando da Petrobras, aumenta o prêmio de risco reivindicado por investidores
- Próximo às 9h15, a moeda americana avançava 0,51%, a R$ 5,1568
Nesta quarta-feira (15), o dólar registra alta, impulsionado por notícias sobre a troca de comando da Petrobras (PETR4), que suscitaram preocupações sobre interferência política na estatal. Ao mesmo tempo, os investidores aguardavam ansiosos importantes dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos.
Contudo, o movimento foi parcialmente mitigado pelos números dos preços ao consumidor, os quais ficaram abaixo das expectativas do consenso LSEG.
Ontem à noite, anunciaram a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras. Essa mudança ocorre um mês após a empresa distribuir metade dos dividendos extraordinários, encerrando uma saga que marcou a estatal nos últimos tempos.
Prates e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenderam a retomada da distribuição de proventos para aumentar a arrecadação do governo. Inicialmente, parte do governo preferia que a empresa retivesse os fundos para melhorar suas condições e buscar empréstimos para investimentos.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou um aumento de 0,3% em abril, desacelerando em relação ao aumento de 0,4% em março, de acordo com dados ajustados sazonalmente divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Em comparação com abril do ano anterior, a inflação, no entanto, ficou em 3,4%, após ter atingido 3,5% no mês anterior.
Cotação do dólar
Às 9h40, o dólar à vista registrava uma alta de 0,51%, cotado a R$ 5,155 para compra e R$ 5,156 para venda. Enquanto isso, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento apresentava um aumento de 0,44%, atingindo 5.155 pontos.
Neste pregão, o Banco Central realizará um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento de 1º de julho de 2024.
O dólar sobe em relação ao real na abertura dos negócios nesta quarta-feira, após quedas em sessões anteriores, com investidores reagindo à demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras pelo presidente Lula, indicando maior interferência política na estatal. O Goldman Sachs, contudo, classificou a mudança no comando da Petrobras como notícia negativa em seu relatório aos clientes.
“Com base em nossas conversas com investidores, acreditamos que o mercado viu o Prates como um bom conciliador entre interesses dos investidores e do governo. Além disso, acreditamos que o anúncio de hoje pode reacender preocupações sobre a potencial intervenção política na empresa”, explicou o banco.
Apesar do clima doméstico desfavorável ao risco, o dólar reduziu seus ganhos em relação ao real após as 9h30 (horário de Brasília), com o suporte vindo do exterior. Isso ocorreu depois que dados mostraram que os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em abril.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% no mês passado, após avançar 0,4% em março e fevereiro. Isto, de acordo com o Departamento do Trabalho divulgado nesta quarta-feira. Nos últimos 12 meses até abril, o índice registrou alta de 3,4%, ante 3,5% em março.
Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,4% no mês e de 3,4% na comparação anual.
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