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Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,24, ou 0,3%, a US$ 85,25 por barril.
Nesta quarta-feira (26), os preços do petróleo fecharam com uma leve alta, mesmo com a grande “surpresa” nos estoques de gasolina nos Estados Unidos, enquanto investidores temiam que uma potencial expansão da guerra em Gaza pudesse impactar a oferta de petróleo do Oriente Médio.
Os contratos do petróleo Brent subiram US$ 0,24, ou 0,3%, a US$ 85,25 por barril e os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA fecharam em alta de US$ 0,07, a US$ 80,90 por barril.
De acordo com dados do Departamento de Energia do país, os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram um avanço de 3,591 milhões de barris na semana, a 460,696 milhões de barris, na semana encerrada no dia 21. A expectativa era de baixa nos estoques.
Com as tensões transfronteiriças entre Israel e o Hezbollah do Líbano têm aumentado nas últimas semanas, alimentando receios de uma guerra generalizada entre Israel e o Hezbollah que poderá atrair outras potências regionais, incluindo o grande produtor de petróleo, o Irã.
Greve do Ibama causou prejuízo bilionário ao setor de Petróleo
Em dados divulgados pela Associação dos Servidores Federais da Área Ambiental no Estado do Rio de Janeiro, que representa os servidores do Ibama que atuam nas Coordenações de Licenciamento Ambiental de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Offshore, foi mostrado o tamanho do estrago da greve do órgão na agenda econômica de Fernando Haddad.
Os servidores, que atuam em operação padrão desde o início deste ano, decidiram iniciar uma greve geral. A paralisação é uma resposta ao fim das negociações com o governo sem um acordo de reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.
“Caso não haja a retomada das negociações com os servidores, a greve pode resultar em perdas de arrecadação de quase 1 bilhão de reais ao mês, em tributos diretos e indiretos, royalties e participações especiais, provocando ainda o impacto negativo de 5.300 postos de trabalho que deixariam de ser gerados”, diz a Associação dos Servidores.
Também foi informado que, a greve pode atrasar a entrada em operação de plataformas programadas para 2024 e 2025, assim como na interligação de cerca de 30 novos poços às unidades de produção previstas ainda para este ano.
Sobre a greve
A mobilização dos servidores, que começou após demandas por aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho, interrompe importantes processos de licenciamento ambiental. Atualmente, estão paralisados projetos essenciais para o desenvolvimento do setor energético, incluindo quatro termelétricas, três parques eólicos e diversos outros empreendimentos, como dez requerimentos para linhas de transmissão e doze pedidos relacionados à exploração de petróleo.
O IBP destaca que a falta de novos licenciamentos impede a geração de aproximadamente 5.300 empregos, além de provocar uma redução no faturamento do setor que já soma R$ 3,4 bilhões. Mensalmente, são R$ 650 milhões que deixam de ser investidos devido aos atrasos nos licenciamentos ambientais.
Os impactos se estendem à fiscalização ambiental, com uma queda drástica no combate aos crimes ambientais. Nos primeiros meses de 2023, o Brasil registrou 2.629 autos de infração, número que despencou para 829 no mesmo período deste ano, representando uma redução de 68,5%. Na Amazônia Legal, a diminuição foi ainda mais severa, chegando a 83,5%.
Posição do Governo
“Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves,” disse recentemente o Presidente Lula em referências a paralisações de servidores. As greves “são um direito democrático dos trabalhadores.”Declaração de Lula diante dos questionamentos da posição do Governo Federal à greve
A falta de diálogo do governo sobre ajustes salariais e reestruturações de carreira agrava o cenário, levando os servidores a manterem suas atividades paralisadas. Essa situação já repercute negativamente em setores críticos da economia, onde atrasos na emissão de licenças e outros serviços essenciais provocam prejuízos financeiros significativos.
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