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Dado o cenário econômico, vários indicadores fizeram com que o Copom, até por uma questão de bom senso, limitasse ou suspendesse a conduta até então de redução. O ambiente não permite. Estamos observando o dólar sendo pressionado pela conjuntura fiscal do país, uma redução de juros estimula a saída de mais capital, o que pode pressionar o dólar ainda mais para cima. A situação do Brasil é muito delicada, porque ao mesmo tempo que ele tem que fazer a economia crescer e para isso juros baixíssimos seriam ótimos, ele tem que manter o interesse pela moeda comparado ao mercado internacional.
E é importante a gente lembrar que, nem quando os juros estiveram baixíssimos, nem isso foi capaz, por si só, de fazer a economia voar, porque os problemas da economia brasileira são sistêmicos.
Os juros são só um componente. E agora a grande verdade é que a gente está limitado pelo cenário internacional, em particular por conta dos juros americanos.
Por mais que tenham micro reduções nas próximas reuniões, a gente não vai baixar muito enquanto a conjuntura internacional não mudar.
Bruno Corano é economista e investidor da Corano Capital (NY)
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