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- Na manhã de hoje (27), a Vale anunciou a assinatura do acordo com o Pará e a secretaria ambiental, para a restauração das licenças de operação nas minas
- Estas sendo, Onça Puma e Sossego
- Com os acordos já homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão ambiental deverá restabelecer as licenças em até 48 horas
Nesta quinta-feira (27), a Vale (VALE3) anunciou a assinatura de acordos com o Estado do Pará e a secretaria ambiental estadual. Assim, para a restauração das licenças de operação das minas Onça Puma e Sossego.
Com os acordos já homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão ambiental deverá restabelecer as licenças em até 48 horas.
A Vale afirmou também que planeja iniciar os processos de retomada operacional “o mais rápido possível” e que seguirá com a implementação das medidas socioambientais acordadas entre as partes.
A empresa
A Vale é uma das maiores empresas de mineração do mundo, com sede no Brasil. É, portanto, líder global na produção de minério de ferro e a segunda maior produtora de níquel.
Além disso, a Companhia está envolvida na produção de outros minerais, como cobre, carvão, manganês, ferroligas, fertilizantes e metais do grupo da platina.
A empresa, contudo, opera uma vasta rede de minas, ferrovias e portos, desempenhando um papel fundamental no setor de recursos naturais e na economia global.
Vale lança oferta de aquisição dos seus bonds
Parte dos recursos líquidos provenientes da oferta serão utilizados para financiar a recompra dos títulos.
Nesta terça-feira (25), a Vale comunicou ao mercado o lançamento de ofertas de aquisição de título de renda fixa negociado no exterior (bonds). O primeiro deles trata da oferta de aquisição de títulos com vencimentos em 2023, 2039 e 2034 até valor máximo total de principal de US$ 500 milhões. Excluindo qualquer prêmio e quaisquer juros acumulados e não pagos.
As ofertas, contudo, seguem os termos e condições do memorando de oferta de aquisição, datado hoje, 25 de junho de 2024.
Segundo informações, a Vale Overseas realizará as aquisições dos bonds até o valor máximo estipulado, a menos que decida aumentar esse limite até a data de encerramento.
Os recursos também serão direcionados para o financiamento do resgate das 6.250% Guaranteed Notes. Estes, com vencimento em 2026, emitidas pela Vale Overseas, além de finalidades corporativas gerais.
A realização das ofertas, portanto, está condicionada à emissão de novos bonds pela Vale Overseas, com garantia da Vale, sob condições que sejam aceitáveis para a Vale.
Lula fala de Eletrobras privada e cobra Vale para reparar tragédias
Durante cerimônia realizada nesta quarta-feira (20) para a posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras, o presidente Lula criticou as privatizações de grandes empresas do país. Ele citou diretamente a Eletrobras e a Vale. De acordo com o presidente, as duas poderiam estar atuando ao lado da Petrobras, contudo, como indutoras da economia brasileira.
Em 2022, o governo de Jair Bolsonaro privatizou a Eletrobras, emitindo novas ações e reduzindo a participação da União para menos de 50%. Em 1997, o governo liderado por Fernando Henrique Cardoso vendeu a Vale, negociando ações com um grupo de empresas privadas e fundos de pensão.
“A gente poderia estar melhor. A gente poderia ter aqui do nosso lado a Eletrobras, que era a maior empresa de energia do nosso país. A gente poderia ter do nosso lado a Vale que foi privatizada e rifada para diferentes fundos. E não tem um dono para você conversar”, disse.
Lula criticou o comportamento da mineradora nos processos de reparação das tragédias que ela protagonizou nos últimos anos em Minas Gerais. Em 2015, uma barragem da Samarco – joint-venture da Vale e da BHP Billiton – se rompeu em Mariana deixando 19 mortos e causando danos em municípios por toda a bacia do Rio Doce. Já em 2019, a cidade de Brumadinho testemunhou o maior acidente trabalhista do país. A ruptura de uma barragem da Vale, além dos impactos ambientais, custou 272 vidas, a maioria de empregados da própria mineradora ou de empresas terceirizadas contratadas.
O presidente abordou o tema em meio às tratativas para repactuar o acordo de reparação da tragédia ocorrida em 2015. O modelo implementado, contudo, que envolveu a criação da Fundação Renova para gerir as medidas reparatórias, é considerado mal sucedido não apenas pelo governo federal.
Como também pelos governos mineiro e capixaba, pelo Ministério Público e por entidades que representam os atingidos. Passados mais de oito anos, tramitam, portanto, no Judiciário brasileiro mais de 85 mil processos entre ações civis públicas, ações coletivas e individuais.
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