Guia do Investidor
Imagem/Reprodução Petrobras
Notícias

Petrobras: CEO mantém 4 pilares da tese e enfrenta desafios

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

  • Ontem (2), analistas de mercado se reuniram com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard
  • Os analistas avaliam que Magda, portanto, seguirá uma “gestão de continuidade”, mantendo o plano de negócios para o período de 2024 a 2028
  • A XP, também participante da reunião, destacou que a Petrobras demonstrou interesse em investir para expandir suas operações

Na manhã da última terça-feira (2), pela primeira vez, analistas de mercado, conhecidos como “sell side“, se reuniram com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Os analistas avaliam que Magda seguirá uma “gestão de continuidade”, mantendo o plano de negócios para o período de 2024 a 2028. Segundo eles, os quatro pilares fundamentais da estratégia da estatal — política de preços; política de dividendos; disciplina na alocação de capital e governança corporativa — não devem sofrer alterações significativas. Isto, conforme indicado pela executiva.

A XP, uma das casas participantes da reunião, destacou que a Petrobras demonstrou interesse em investir para expandir suas operações. Ainda, enfatizando a necessidade de reposição de reservas. A empresa está de olho nas oportunidades oferecidas pela Margem Equatorial e pela Bacia de Pelotas. Dessa forma, visando aumentar a produção além do pico do pré-sal previsto para 2032.

Leia mais  Petrobras (PETR4) investiga suspeitas de demissões políticas na estatal

A CEO destacou que a política atual de preços de combustíveis está eficaz e não será alterada. Chambriard, ainda, enfatizou que os preços seguirão as tendências internacionais. Assim, considerando também o custo de oportunidade e a participação de mercado, com ajustes quando necessário, conforme apontado pelo Morgan Stanley.

Além disso, a Petrobras reiterou seu compromisso com a política de dividendos, uma preocupação recente dos acionistas, conforme mencionado pela XP. A empresa continua, no entanto, focada em melhorar a eficiência operacional e está buscando alcançar impacto líquido zero através de investimentos em captura de carbono, combustíveis sustentáveis e energia renovável.

Foco e desafio

O Goldman Sachs destacou o compromisso da empresa com a execução do capital previsto em seu plano estratégico atual, com ênfase no setor de exploração e produção (E&P). A nova gestão enfatizou que ajustes anuais nos planos estratégicos são comuns, mas a produção continuará sendo uma prioridade nos próximos anos.

Além disso, a administração reiterou seu compromisso em seguir as políticas corporativas e estatutos vigentes, mantendo assim a integridade da governança corporativa.

“Achamos que a Petrobras vai continuar a gerar fluxo de caixa livre e pagar dividendos relevantes e que vai continuar a segurar a volatilidade e atrasar para repassar aumentos de preços para gasolina e diesel”, apontou a XP, que em sua avaliação diz que as mensagens-chave estão alinhadas com as expectativas da casa.

O encontro com o Itaú BBA reiterou uma perspectiva neutra para a tese de investimento na Petrobras. Magda enfatizou seu compromisso com o cumprimento do Plano Estratégico da empresa, destacando o foco na expansão das reservas e na produção de petróleo. Ela também mencionou a intenção de realizar investimentos seletivos para promover a verticalização nos segmentos de distribuição, refino e energias renováveis.

“Saudamos o plano da empresa de desempenhar um papel ainda mais forte e ativo no segmento de exploração e produção a partir de agora e os esforços da nova gestão para reforçar a importância do respeito aos requisitos de governança e rentabilidade da empresa para novos empreendimentos”, avalia o BBA.

Para o Bradesco BBI, a CEO transmitiu uma mensagem positiva, destacando a manutenção dos principais aspectos da tese de investimento, como a política de dividendos, política de preços e governança corporativa.

Leia mais  Ibovespa abriu com quedas impulsionado por baixas de Eletrobras

Um desafio imediato pode ser o ajuste nos preços dos combustíveis, uma vez que a gasolina está 7,5% abaixo da Paridade de Exportação e o diesel, 6%. Além disso, a CEO demonstra foco prioritário na área principal de negócios, exploração e produção, o que pode envolver antecipação de investimentos em infraestrutura petrolífera, como novas plataformas. Isso poderia acelerar a curva de produção e otimizar a produção atual. Além de iniciar exploração em novas fronteiras, como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas.

Em relação a fusões e aquisições, a nova administração ainda não definiu objetivos claros em potenciais alvos, como Braskem (BRKM5), Acelen. Ou, ainda, ativos em energia eólica offshore e distribuição de combustível. O Bradesco BBI, XP e Goldman Sachs recomendam compra das ações da Petrobras. Enquanto Itaú BBA e Morgan Stanley mantêm recomendação neutra ou equivalente.


Leia mais  Alta na ação e nos dividendos? BTG renova aposta na Petrobras
Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Ibovespa inicia pregão em baixa e ativos apresentam instabilidade

Paola Rocha Schwartz

Perspectiva da Petrobras é elevada para positiva

Márcia Alves

Ibovespa inicia em queda, com ativos sem força e instabilidade

Paola Rocha Schwartz

Ibovespa inicia pregão em alta, impulsionado pelos ganhos de seus ativos

Paola Rocha Schwartz

Conselho da Petrobras aprova atuação da companhia na África do Sul

Márcia Alves

Ibovespa inicia outubro em alta, impulsionado pelos ganhos dos ativos

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário