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O comando da Petrobras segurou o quanto pôde os reajustes da gasolina e do gás de cozinha, mas ficou insustentável.
Após orientações de “abrasileirar” sobre o preço dos combustíveis, o comando da Petrobras segurou o quanto pôde os reajustes da gasolina e do gás de cozinha, mas a situação ficou insustentável.
Segundo informações, a gasolina não subia desde 16 de agosto de 2023 a despeito das variações do petróleo e do câmbio. Ainda assim, foi feito um reajuste apenas para trazer os valores para dentro do intervalo aceitável estabelecido pela diretoria da empresa, que ninguém sabe direito qual é.
O aumento foi de R$ 0,20 por litro não faz frente à defasagem de R$ 0,59 registrada no início da segunda-feira (08), conforme a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Isso significa que a estatal segue subsidiando a gasolina mais barata, até mesmo do que no mercado internacional para os brasileiros de classe média que conseguem manter um carro.
As críticas ao Banco Central e as dúvidas que o presidente Lula semeou sobre o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão cobrando seu preço sobre a inflação.
A gasolina e também o gás de cozinha – que também foi reajustado e que é relevante no orçamento da população de baixa renda – representam fatia significativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, calcula o impacto em cerca de 0,15 ponto percentual entre julho e agosto. Ele pondera, no entanto, que isso deve se diluir ao longo do ano, porque o presidente moderou o discurso.
Felizmente Lula foi convencido por Haddad e um grupo de economistas da sua confiança que estava atirando contra o próprio governo e alimentando a inflação ao provocar a desvalorização do real.
O reajuste dos preços da gasolina e do gás de cozinha, a despeito de toda a “boa vontade” da gestão da Petrobras, é apenas a confirmação do diagnóstico.
A gasolina subiu ou caiu com Lula na presidência?
Desde o início do governo do presidente Lula, o preço da gasolina no Brasil aumentou 11,8%. O combustível teve um encarecimento generalizado em todos os Estados. Ainda, com sete deles apresentando um aumento superior a 15% desde a última semana de dezembro de 2022.
O Amazonas lidera o aumento, com a gasolina alcançando R$ 6,30, um aumento de 25,7% em relação aos R$ 5,33 praticados no final do ano passado, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Por outro lado, o Piauí registrou a menor variação, com um aumento de apenas 3,1%.
A retomada da cobrança de impostos foi responsável pela alta nos preços. Em 1º de março, uma alíquota parcial do Pis/Cofins. E, da Cide foi reintroduzida nos combustíveis em todo o país, resultando, assim, em um aumento de R$ 0,47 por litro de gasolina.
Já em 1º de junho, ocorreu uma alteração na cobrança do ICMS monofásico, Ainda, com a implementação de uma alíquota única válida para todos os Estados, resultando em uma tarifa de R$ 1,22, superior à cobrada em 20 Estados. Logo, em 29 de junho, o governo federal voltou a cobrar a alíquota cheia do Pis/Cofins. Isto, que levou a um aumento adicional de R$ 0,27 por litro de gasolina. Além de um acréscimo de R$ 0,07 devido à Cide, totalizando, contudo, um impacto de R$ 0,34 por litro.
Cortes da Petrobras
Com o retorno das taxações, a Petrobras anunciou reduções nos preços do combustível repassado às distribuidoras. Até o momento, a empresa realizou quatro cortes, sendo três logo após a reintrodução dos impostos, visando mitigar o impacto da tributação. Segundo a ANP, nos primeiros seis meses do governo Lula, o preço médio da gasolina nos postos no Brasil superou o do diesel, sendo comercializado a R$ 5,63, um aumento de 12,4% em relação ao diesel vendido a R$ 5,01 para caminhões.
A gasolina, portanto, era negociada a um preço 33% menor do que o diesel no fim de 2022. Ao passar do tempo, a gasolina ficou 13,5% mais cara e o diesel teve o efeito contrário, com seu preço reduzido a 21,5%.
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