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Projecao com deficit maior em 2023 confirma ponto de partida dificil para 2024
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Brasil maior déficit em conta-corrente dos últimos 10 anos

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No acumulado de 12 meses, foi registrado um déficit de US$ 31,453 bilhões.

Em informações divulgadas pelo Banco Central (BC), nesta quinta-feira (25), o Brasil registrou um déficit em suas transações correntes de US$ 4,029 bilhões em junho. No mesmo período do ano passado, foi registrado um saldo negativo de US$ 182 milhões.

Segundo informações, o saldo considera a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais.

No acumulado de 12 meses, foi registrado um déficit de US$ 31,453 bilhões, o que corresponde a 1,41% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o BC.

A autoridade monetária projeta um déficit em conta corrente de US$ 53 bilhões para 2024.

Economia brasileira tem mais um “voo de galinha”, cita economista

Richard Rytenband, economista-chefe da Convex Research, afirma que para identificar a dinâmica econômica de forma adequada, é necessário analisar a diferença entre o PIB Potencial e o PIB Efetivo. O PIB Potencial representa a capacidade de crescimento da economia sem causar distorções. Como pressões inflacionárias. 

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Isto, enquanto o PIB Efetivo, ou PIB de curto prazo, é o índice frequentemente destacado pela mídia.

“O que faz crescer o PIB Potencial é a aumento de produtividade e investimentos. O que faz crescer o PIB Efetivo? Aumento de consumo das famílias, gastos do Governo, Investimentos e Saldo Comercial”, explica.

Quando o PIB Efetivo permanece consistentemente acima do PIB Potencial, ocorre o fenômeno conhecido como “voo de galinha”. Um crescimento econômico sustentável ocorre quando o PIB Potencial cresce a taxas superiores ao PIB Efetivo.

E como está a situação atual no Brasil? Segundo o IBRE FGV, que emprega uma metodologia conservadora para estimar o PIB Potencial, o PIB Efetivo (representado em vermelho no gráfico) tem superado o PIB Potencial (em preto) desde o primeiro trimestre de 2023.

Moeda em excesso e inflação

O excesso de moeda em circulação, no entanto, pode levar ao aumento generalizado de preços, o que é conhecido como inflação.

Embora as projeções atuais de inflação ainda estejam dentro dos limites controlados, há um risco crescente de que elas se deteriorarem rapidamente. Uma inflação mais alta geralmente resulta em juros estruturais mais elevados, o que pode impactar negativamente o PIB.

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A diminuição nas projeções de crescimento para 2025 pode estar refletindo, contudo, a preocupação do mercado com um crescimento econômico não sustentável no presente, que pode levar a um crescimento reduzido no futuro. Esse cenário é frequentemente descrito como “vender o almoço para pagar a janta”.

No entanto, a situação poderia melhorar se o governo implementasse políticas que estimulassem o aumento do PIB potencial, como:

  • Garantir segurança jurídica e proteção da propriedade;
  • Reduzir os juros estruturais, o que só seria possível com uma diminuição dos gastos públicos, possibilitando um aumento dos investimentos na economia real;
  • Diminuir a burocracia e fomentar a liberdade e o empreendedorismo.

Atualmente, os analistas apontam que estamos distantes de alcançar essas mudanças.

ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE ABAIXO DO ESPERADO EM MAIO

A economia brasileira cresceu 0,25% em maio, ou seja, abaixo do esperado pelo mercado financeiro, segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (15). O IBC-Br é um dos principais sinalizadores do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Com isso, o índice observado em maio ficou em 148,86 pontos. Dessazonalizado, o índice sobe para 149,60 pontos. Em abril, o índice dessazonalizado estava em 149,23.

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Na comparação com maio de 2023, quando o índice observado estava em 146,95 pontos (dessazonalizado em 145,93 pontos), a alta chega a 1,3%. No acumulado do ano (janeiro a maio), a alta é de 2,01%; e no dos últimos 12 meses chega a 1,66%.

Além de indicar a expansão da economia, o IBC-Br é também uma das referências adotadas pelo BC para a definição da taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 10,5% ao ano.


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